A segunda parte da primeira temporada de Doctor Odyssey estreou meio secretamente no Disney Plus. Talvez porque foi bem na época em que ficou claro que não haveria uma segunda temporada. Afinal, o período em que os atores tem que ficar à disposição por contrato finalizou agora em julho. Ou seja, a probabilidade de que uma segunda temporada aconteça é mínima, mesmo que ela não tenha sido oficialmente cancelada. É uma pena, porque apesar da série ser um #prazercomculpa, foi uma delícia de acompanhar. Mas, após terminar de ver todos os episódios, acho que ela acabou tão “redondinha”, que posso dizer que tudo bem.
Eu já tinha gostado muito da primeira parte (crítica aqui). Esta mostrava, o médico Max (Joshua Jackson) recém-chegado ao navio Odyssey, e seus colegas se divertindo e se apoiando enquanto navegam pelos desafios de estarem isolados no mar. Além das crises médicas, a série também explora as dinâmicas pessoais entre os membros da equipe. Especialmente porque eles precisam equilibrar as pressões do trabalho com a vida social no navio. Essa segunda parte mostra os passos do triângulo amoroso vivido por Max, Avery (Phillipa Soo) e Tristan (Sean Teale). E também as situações inusitadas que o Capitão (Don Johnson) tem que enfrentar a cada cruzeiro que faz.
O que achei?
Doctor Odyssey é uma improvável, mas viciante mistura de O Barco do Amor com Grey’s Anatomy. Tem as pessoas que chegam a cada semana para um cruzeiro diferente, com todos os seus dramas pessoais. Mas também tem as situações médicas inusitadas – o barco é mais bem aparelhado do que qualquer hospital que eu conheço, rsrs. Um dos grandes atrativos é a aparição de atores muito queridos. Na maior tradição de O Barco do Amor, é sensacional ver um episódio com grandes estrelas de TV do passado. Há um episódio delicioso com a aparição de Donna Mills (série Knots Landing ) e Jaclyn Smith (As Panteras). Há ainda um crossover com a aparição de Angela Bassett como sua personagem de 9-1-1. E ainda há espaço para a nova geração com as participações de Ava Phillipe (filha de Reese Witherspoon), Paris Jackson (filha de Michael) e Kathryn Newton ( do filme do Homem-Formiga).
As histórias alternam momentos de diversão e outros dramáticos. Há uma cena no episódios final, com Don Johnson e sua equipe, que chega a ser emocionante. E muito mais, ataques de tubarões, baleias, ladrões de joias, problemas com alcoolismo e até um tsunami. Mas, confesso, que o que mais me atraía na história era o romance de Max e Avery, com Tristan formando um triângulo amoroso. E ainda o charme de sempre de Don Johnson como o capitão. Aliás, há um episódio muito interessante onde o capitão relembra sua juventude e como conheceu sua primeira mulher. O jovem capitão é feito pelo filho mais velho de Don, Jesse Johnson (meio-irmão de Dakota), e Diana Agron (mais uma remanescente de Glee a aparecer). É muito legal!
Como disse no início, é bem provável que Doctor Odyssey tenha terminado. Talvez nunca tenha um cancelamento anunciado. Mas, o final é tão positivo, e redondinho, que fiquei satisfeita – apesar que adoraria ver um novo capítulo da história desses personagens .
