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Cinema

O dia a dia estressante de Depois a Louca sou Eu

O título é ótimo. Depois a Louca sou Eu é  o título de um livro de Tati Bernardi, de grande sucesso no Brasil. Eu nunca li, mas sei que é bem popular. Em 2019 começaram as filmagens de sua versão para o cinema, com direção de Julia Rezende, e produção de Mariza Leão. Estrelado por Débora Falabella, estava programado para estrear em março de 2020. Mas aí veio a pandemia, e o filme só agora chega aos cinemas.

Ele conta a história de Dani, personagem de Debora. Ela tenta se curar de crises de ansiedade desde a infância. O roteiro acompanha o que acontece dentro de sua cabeça fervilhante de pensamentos. E como estes acabam atropelando seu dia a dia. Também mostra sua relação bem conturbada, mas cheia de amor, com a mãe superprotetora (Yara de Novaes). E sua descida aos infernos ao recorrer a todos os tipos de terapias e medicamentos para que possa ter uma vida dita normal.

A própria Julia Rezende descreveu Dani na época em que começou as filmagens de Depois a Louca sou Eu.  “O filme é a história de uma mulher enfrentando seus medos: o medo da morte, das perdas, do fracasso. E sobretudo o medo da vida. Ela quer ser uma escritora de sucesso. Mas antes sonha apenas em conseguir sair de casa, trabalhar, namorar, viajar. É o retrato sensível, contemporâneo e bem humorado das ansiedades que tomaram conta de todos nós

A crítica

O objetivo inicial era fazer uma comédia dramática. Julia até tenta dar uma certa leveza na história. Isso fica claro pelo colorido da fotografia. E especialmente pela forma de contar, inserindo efeitos fofinhos como balões para mostrar as mensagens de texto.  Também usa o artifício de mostrar a situação como a personagem gostaria que tivesse sido, para depois apresentar a realidade. Ela é uma boa diretora, mas confesso que tive problemas em embarcar na história.

Tenho uma certa resistência com filmes que tentam fazer rir com situações de doença. Especialmente aqueles que fazem rir da pessoa, e não com ela. É o caso, por exemplo de Loucas para Casar, com Tatá Werneck, ou ainda De Perto ela não é Normal, com Suzana Pires. Realmente, esse tipo de coisa não me faz rir. Depois  a Louca sou Eu não pretende ser uma comédia escrachada como as outras. Mas, mesmo assim, tem seus momentos para que a gente ria das situações de Dani. Só que não consegue.

Isso não é uma crítica de maneira alguma ao trabalho de Débora Falabella. Ela está ótima, se entregando totalmente ao personagem, inclusive com cenas de nudez. O resto do elenco também está ótimo, com destaque para Gustavo Vaz (Gilberto). A química entre ele e Débora é incrível (tanto que eles namoraram por algum tempo). O filme tem  também várias participações especiais legais de gente como Rômulo Neto e Evandro Mesquita. Mas, o desespero e a luta de Dani para ter uma vida melhor são cansativos e estressantes. Para mim, pelo menos, não funcionou.

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