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A simpatia e o charme da história de Enola Holmes

ENOLA HOLMES (L to R) HENRY CAVILL as SHERLOCK HOLMES, MILLIE BOBBY BROWN as ENOLA HOLMES, SAM CLAFLIN as MYCROFT HOLMES. Cr. ROBERT VIGLASKI /LEGENDARY ©2020

Sempre adorei as histórias de Sherlock Holmes. Também gosto muito da série com Benedict Cumberbatch, e dos filmes com Robert Downey Jr.. Por isso, estava muito curiosa para ver o novo filme que mostra a irmã de Sherlock, a adolescente Enola Holmes, que também se torna uma detetive. Ela é tema de uma coleção de livros escrita por Nancy Springer chamada Os Mistérios de Enola Holmes. Enola Holmes,  o filme, com Millie Bobby Bown, e um inesperado Henry Cavill como Sherlock, estreia na Netflix nesta quarta (23). E é bem divertido!

A história

Ele é uma história de origem que é baseado no primeiro livro da coleção de Enola Holmes, chamado O Mistério do Marquês Desaparecido. Enola Holmes (Millie Bobby Brown) é uma garota feliz, que vive ao lado de sua mãe (Helena Bonham-Carter) no campo, na Inglaterra. As duas estão muito à frente  de seu tempo. Enola sabe lutar, lê todo o tipo de livros, é mestre no xadrez, e adora se disfarçar. O problema começa quando a mãe desaparece, deixando para trás algumas pistas para a garota de 16 anos achar o seu paradeiro. Só que chegam seus irmãos mais velhos que têm ideias bem diferentes sobre o futuro de Enola.

Sherlock Holmes (Henry Cavill), o famoso detetive, não quer se envolver, apesar de demonstrar simpatia por ela. Já Mycroft (Sam Claflin), quer mandá-la para um colégio interno só de meninas para que se transforme numa dama. O jeito então é fugir! Em seu caminho para Londres para encontrar a mãe, Enola acaba cruzando o caminho com o jovem Visconde Tewkesbury, Marquês de Basilwether (Louis Partridge). Ele também está em fuga, e Enola tem que ajudá-lo e salvá-lo de um assassino.

https://www.youtube.com/watch?v=tepSsQeQA0U

A crítica

O filme é uma delícia! Lembra em alguns momentos aqueles sobre a detetive Nancy Drew, mas, é claro, em uma escala muito maior. É uma produção de alto nível, com direito à uma direção de arte fiel, e efeitos especiais de primeira linha. Enola Holmes, a personagem, é simpática, divertida, inteligente; Mas, é claro, ainda uma adolescente que ocasionalmente pode ter – poucas – atitudes bobinhas. O filme tem boas cenas de ação,  do tipo montanha russa, inclusive uma perseguição dentro de um trem. Tudo é dirigido com energia por Harry Bradbeer, que vem da série Fleabag. É bem provável que seja dali que tirou a ideia da personagem falar com a câmera. Desde os tempos de Ferris Bueller, essa ideia sempre funciona para engajar ainda mais a audiência.

E o elenco?

O roteiro, entretanto, tem suas pequenas falhas. A maior delas é a escolha do vilão do caso do Marquês. Mas tudo isso é perdoável, especialmente pelo carisma de Millie Bobby Brown. Aqui, assim como em Stranger Things, é impossível tirar os olhos dela, e esperar seu piscar cheio de cumplicidade. Já Henry Cavill faz um Sherlock completamente fora da caixa e sexy como nunca vi antes (não, nem Robert Downey Jr.). E Sam Claflin definitivamente está seguindo o caminho de Jude Law, com a idade chegando e a perda da beleza, vai deixando o perfil de galã de lado. O amigo/ interesse amoroso de Enola, o visconde, é feito por Louis Partridge, conhecido da série Medici. Tem uma boa química com Millie Bobby Brown. E o filme ainda tem Helena Bonham-Carter fazendo o de sempre, rsrs.

Aliás, o mistério do destino de sua personagem é um dos fatores que provavelmente vão propiciar que Enola Holmes vire mais uma franquia para a Netflix. Mas é uma boa coisa. Cheia de conspirações e mistérios, esse primeiro filme traz uma história divertida e envolvente que deixam um gostinho de ‘quero mais’. Acho que vou até começar a ler os livros…

 

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