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O romance, a música – e a entrevista – de Meu Álbum de Amores

O diretor e roteirista Rafael Gomes é claramente um romântico. Seus dois filmes anteriores,  45 Dias Sem Você (2018) e Música Para Morrer de Amor (2020), abordam histórias de amor. E para fechar uma trilogia sentimental, Gomes fez Meu Álbum de Amores, que estreia nessa quinta nos cinemas. Ele junta uma história de amor que acabou com a busca de um jovem pelo passado. O resultado é um tanto desigual, mas tem alguns momentos muito bons.

Julio (Gabriel Leone) é um dentista que foi deixado por sua noiva (Carla Salle) e não se conforma. Quando está no fundo do poço em sua fossa, faz uma outra descoberta. Ao chegar em casa depois de uma bebedeira, encontra um irmão que ele não sabia que existia. E descobre que seu pai era na verdade um ídolo da música popular (mais conhecida como brega) dos anos 70. Isso bagunça totalmente a vida de Julio, que resolve acompanhar seu novo irmão para realizar um desejo de seu recém-descoberto pai. Ele deixou em testamento o desejo de que deixassem suas cinzas com a mulher que ele mais amou. Só que ninguém sabe quem ela é.

O que achei de Meu Álbum de Amores?

A parte da busca da mulher que o músico Odilon Ricardo (também vivido por Gabriel Leone) é a melhor parte do filme. É quando entram em cena veteranas como Regina Braga e Clarisse Abujamra. Só essa parte seria interessante. Mas o filme perde muito tempo com a fossa de Julio com a ex. tem conversas imaginárias que são cansativas e travam a narrativa. Não tenho mais paciência com essas DR’s sem sentido.

A parte da trilha sonora é outro destaque. Foram feitas composições inéditas por Arnaldo Antunes e Odair José – que inclusive faz uma aparição. Essas canções entram no meio da história em clipes no estilo dos anos 70, fazendo um paralelo das histórias de pai e filho. A ideia é boa, mas falha em interagir com o resto como já foi brilhantemente feito antes em Paraíso Perdido, por exemplo.

O elenco é bom. Gabriel Leone já demonstrou que tem carisma e talento – é só ver Eduardo e Monica, que está atualmente na Globoplay. Mas Julio não está entre seus momentos mais inspirados. Entretanto, o mais interessante de Meu Álbum de Amores é testemunhar que o diretor e co-roteirista Rafael Gomes dá andamento a um estilo único no cinema brasileiro. Isso é sempre bom de ver.

Eu conversei com Rafael e com Felipe Frazão, que faz o irmão Felipe. Foi um papo bem gostoso, que você vê aqui:

 

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