No auge da pandemia (julho de 2020), a Netflix lançou The Old Guard. Era um filme de ação, estrelado por Charlize Theron, que era baseado em histórias em quadrinhos de Greg Rucka e Leandro Fernandez. Tinha seus probleminhas, mas era eficiente em contar a história de guerreiros imortais – veja a crítica aqui. O filme já deixava uma porta escancarada para uma sequência. Entretanto por causa da pandemia, greves, e mais, a sequência só chegou agora, cinco anos depois, na Netflix. E o pior, é bem mais fraco que o primeiro.
Andromache, mais conhecida como Andy (Charlize Theron), e seu time de imortais retornam para uma nova missão. Em The Old Guard 2, uma ameaça perigosa e misteriosa coloca em risco o trabalho da vida de Andy que precisa ainda lidar com sua recém-descoberta mortalidade. Esse novo perigo está encarnado na figura de Discord (Uma Thurman), a primeira das imortais e uma arma letal para a existência da humanidade. Afinal, ela busca vingança contra os humanos. Andy, Nile (KiKi Layne), Joe (Marwan Kenzari), Nicky (Luca Marinelli) e James Copley (Chiwetel Ejiofor) pedem ajuda, então, a um velho amigo chamado Tuah (Henry Golding). Ele pode oferecer as respostas para o mistério por trás da imortalidade. Enquanto isso, Quynh (Veronica Ngô) está de volta depois de séculos reclusa e busca também vingança depois de fugir da prisão. Já Booker (Matthias Schoenaerts) continua em exílio após a traição.
O que achei?
O principal problema é o roteiro. Inventaram uma história toda cheia de idas e vindas, complicada, e que não tem pé nem cabeça. Arrumaram um romance/amizade mais do que especial de Andy com Quynh, que só toma tempo, e não leva a lugar algum. A coitada da Uma Thurman, como a grande vilã, é pouco mais do que uma coadjuvante de luxo – será que prometeram maior destaque num terceiro filme? Henry Golding não tem melhor sorte, e muito menos Chiwetel Ejiofor, que se desaparecesse não faria a menor diferença para a história.
O que se salva? Charlize, como sempre. Mas nem ela consegue salvar o desastre total, ainda mais com um corte de cabelo horroroso. Vale por suas cenas com Matthias Schoenaerts . Os dois já tinha sido o destaque do primeiro filme – e aqui é o que presta. O filme termina prometendo uma sequência, mas depois de algo tão fraco, sabe-se lá o que a Netflix vai fazer.
