Eu acompanho os filmes de Missão Impossível desde o primeiro há quase 30 anos. E antes disso, cheguei a ver um pouco da série na qual os filmes se baseiam. Sempre foi um acontecimento. Os meus preferidos são o 3 (Ethan se casa), Efeito Fallout (o do Henry Cavill de bigode) e o 2023, Acerto de Contas – Parte 1. Nessa quinta vai chegar aos cinemas a sequência deste último : Missão Impossível: O Acerto Final, que (em tese) seria o último. Acho que, sinceramente, tudo vai depender da bilheteria se este será o último ou não. O certo é que, apesar das cenas incríveis de ação, o filme tem um certa tristeza, que sinceramente me incomodou.
O filme é uma sequência direta de Acerto de Contas: Parte 1. Passaram-se alguns meses dos acontecimentos do final daquele filme, com aquela incrível cena do trem (acho que é talvez a mais sensacional da franquia) . A Inteligência Artificial Entity se infiltrou no sistema global de computadores, e ameaça um desastre de níveis apocalípticos. Só que Ethan descobre que o código-mãe da IA está instalada em um submarino russo naufragado. E ainda que , para destruí-la, ele terá que enfrentar Gabriel (Esai Morales), um homem do passado de Ethan que trabalha diretamente com a Entity. Agora, o agente pede a seus aliados que confiem nele pela última vez para salvar o mundo.
O que achei?
A história aqui é obviamente absurda e cheia de furos, mas quem se importa com isso? O problema maior na verdade é que falta um pouco a ironia e a diversão que foram tão presentes no filme anterior. Tudo está triste, o tom é sombrio. Ethan parece desesperado, desiludido( claro, afinal ele tem que salvar o mundo – de novo – praticamente sozinho). Isso me incomodou um pouco .
Mas é claro que há o resto. Há várias referências a filmes anteriores ( recomendo que assista especialmente o primeiro antes de ver esse). Há um personagem importante do primeiro que reaparece, e outro que tem uma ligação específica com alguém daquele filme (#semspoilers). As cenas de ação são incríveis como sempre, especialmente a do avião e a do submarino. Está última inclusive me deixou meio desesperada já que sou claustrofóbica. E há a atração a mais de ver Tom Cruise fazer tudo sem o auxílio de dublês do alto de seus 62 anos. É surpreendente!
O novo Missão Impossível tem ainda as participações de gente conhecida como Hannah Waddingham, Tramell Tillman (muito bom como o capitão do submarino ) e Nick Offerman . Também estão os remanescentes do grupo original (Simon Pegg e Ving Rhames) , além dos que chegaram no filme anterior, como Hayley Atwell, Pom Klementieff e Esai Morales. O final é aberto. Ou seja, sabe-se lá se Tom Cruise não se sentirá tentado a retornar – mesmo dizendo que se o filme tem “final” no título, é porque é o último.