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O sucesso da romântica Heartstopper, da Netflix

Como romântica que sou, tive vontade de conhecer Heartstopper, série de enorme sucesso da Netflix.  A empresa inclusive confirmou  em maio último a aprovação de mais duas temporadas – ainda sem data. Entretanto, sempre aparecia uma ou outra coisa mais urgente. Foi quando meu amigo José Augusto Paulo me falou que tinha adorado e que gostaria de escrever sobre ela. Aí vai o texto dele – ah, curiosidade, sim, é  a premiada Olivia Colman que faz a mãe de um dos garotos !!

Heartstopper

Eu havia visto o trailer dessa série e achei que seria algo para adolescentes somente. Foi só quando me contaram o sucesso de vendas e traduções dos livros (e parece que a maior parte dos leitores é composta de mulheres), no qual a serie é baseada que fiquei curioso o suficiente para assisti-la.

Nos últimos dez anos algumas escritoras tem alcançado sucesso com livros no qual o relacionamentos entre homens é um dos temas centrais. É o caso de A Canção de Aquiles – Madeline Miller, To Paradise – Hanya Yanagihara, entre outros.  Mas Alice Osaman primeiro conheceu fama ao escrever Solitaire, lançado em 2014. Na época, a autora tinha  somente vinte anos. Ele relata a história de uma garota solitária que conhece um menino na escola. Este a ajuda a desvendar um mistério. Nesse livro inicial já aparecem os personagens de Nick e Charlie, que seriam os principais da série de livros Heartstopper. Esta foi escrita entre 2018 e 2021 (história em quadrinhos em quatro volumes). Neles a autora é também a ilustradora (os livros que antecederam Heartstopper eram novelas de ficção simplesmente).

A história

Os episódios na Netflix mostram o relacionamento de Charlie (Joe Locke em seu primeiro trabalho para a tela), de 14 anos, com Nick (Kit Connor –  His Dark Materials), um ano mais velho. Eles frequentam a mesma escola. Só que não tinham contato até o dia em que Nick passa a frequentar uma das aulas na qual Charlie também é aluno. Eles se  sentam lado a lado, e a amizade floresce. Isso embora Nick, um dos jogadores de rugby da escola, não pareça ter muito em comum com Charlie, o menino sensível. Afinal, todos na escola sabem que ele é  gay e que tem um distúrbio alimentar (quase não mencionado).

Mas, na realidade, os dois encontram pontos em comum até alcançarem um momento no qual a relação se torna romântica. Com direito a todos os vieses e desafios tão comuns a qualquer relacionamento entre adolescentes. Os outros personagens também são interessantes, sólidos, criveis. Um universo que todos nós que frequentamos uma escola reconhecemos com facilidade.

A análise

Heartstopper tem alcançado grande sucesso na TV. Isso embora seja diferente de outras séries voltadas para um publico mais jovem como Elite ou Sex Education. Não tem cenas de sexo ou mesmo qualquer detalhe de erotismo. Se concentra mesmo no turbilhão de dúvidas, incertezas, erros e acertos. As mesmas que qualquer adolescente enfrenta e conhece bem sem adicionar sensualidade. Me perguntei se isso seria porque os personagens principais seriam ambos mais jovens do que a idade minima para sexo consensual ou por serem ingleses. Afinal, a média de iniciação sexual na Inglaterra tende a ocorrer aos 19 anos. Mas também pode ser porque Alice Oseman se declarou arromântica e assexual em 2020. Portanto ela tenta explorar certos aspectos que lhe seriam desconhecidos, mas sem tocar em sexo.

Por outro lado, isso garante que a série seja boa, gostosa de assistir e praticamente para qualquer público. A não ser para os que se ofendem com os beijos e carinhos entre os dois meninos principais. A produção reflete bem os livros. Alice Oseman escreveu o roteiro e também tem parte nas criações artísticas da serie. Esta tem detalhes como os desenhos das folhas de outono, e outros que vem diretamente das páginas dos livros para serem integrados em determinadas cenas.

E no final…

No geral, é um trabalho bem positivo, com algum drama e conflito.  Mas centrado no que os sentimentos podem trazer de bom. E também todo o processo de descobrir a si mesmo. Tanto em emoções, sentimentos assim como as distorções entre a comunicação digital e a pessoal. Gostei tanto da série que já estou no terceiro volume dos livros.

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