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A jornada excessiva e provocativa de Euphoria

Eu lembro quando a HBO exibiu o primeiro episódio de Euphoria. Foi uma coisa inesperada e chocante. Até escrevi sobre isso na época. Mostrava a jornada de Rue (Zendaya) com as drogas e o seu relacionamento com outras pessoas de sua escola. A série foi bem, tanto que foi renovada para uma segunda temporada. Deu o Emmy para Zendaya, a mais jovem atriz a conquistá-lo na categoria de atriz de drama. Rendeu ainda dois episódios especiais, uma maneira de continuar com o conteúdo mesmo no ápice da pandemia. Mas foi com a estreia da segunda temporada este ano na HBO Max  que Euphoria descobriu seu público.

Euphoria tornou-se oficialmente a segunda série mais assistida da HBO desde 2004. Fica  atrás apenas de Game of Thrones. A segunda temporada teve, em média, 16,3 milhões de espectadores. É menor apenas à média da segunda temporada de GOT, que somou 19 milhões de espectadores. Foi a série mais popular da HBO Max por sete semanas seguidas. Já o episódio final fez da série o principal título na Europa e na América Latina.

 

A segunda temporada

Numa série tão diferente como Euphoria, é impossível não ter altos e baixos. Eu confesso que gostei mais da segunda temporada do que da primeira. Foi mais excessiva, mas sempre provocativa. Fica mais claro aqui a visão quase maníaca de Sam Levinson, o criador, que dirigiu todos os episódios. E isso funciona para o melhor e para o pior. Nessa segunda temporada o foco principal é Rue, claro. Sua volta às drogas e a descida literal aos infernos, que fazem Zendaya brilhar ainda mais que na primeira. Também há um destaque para o triângulo amoroso de Maddie-Nate-Cassie. Apesar de algumas vezes cansativa na sua insistência de não ser chamada de vilã, Cassie deu uma grande oportunidade para Sydney Sweeney. Totalmente enlouquecida em vários momentos, ela demonstrou grande talento.

Alguns personagens que tiveram grande destaque na primeira temporada, entretanto, praticamente somem. É o caso de Barbie Ferrera. Sua Kat era um dos pontos altos, e nessa segunda fase virou uma coadjuvante sem grandes falas a maior parte do tempo. Mas, em compensação, coadjuvantes da primeira tiveram grandes momentos nessa segunda. É o caso do improvável casal Lexi e Fezco (Maude Apatow e Angus Cloud). Seu romance era muito fofo. E todo o arco da peça escrita por Lexi foi um dos pontos altos da temporada. Ainda a trilha sonora e fotografia foram espetaculares.

O final

Euphoria já foi renovada para uma terceira temporada. E o episódio final acaba numa luz quase positiva -sob o ponto de vista de Euphoria. E deixa várias pontas soltas, que poderiam ter sido resolvidas. Isso porque há vários momentos desnecessários. A música de Elliott,  por exemplo, apesar da letra bonita, dura quatro minutos. Eu preferia ter visto um encontro “pós-acontecimento” entre Lexi e Fezco, onde ela fica sabendo o que aconteceu, por exemplo. Ou ainda, perguntas que foram motivo de várias teorias na internet. O que aconteceu com o outro irmão de Nate, que está na foto da parede? Ou ainda o que havia por trás da porta trancada da casa de Laurie. Aliás, será que ela virá atrás de Rue para recuperar seu investimento? Mas, talvez isso seja algo para resolver na terceira temporada.

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