Quando começou sua carreira, A Vida de Chuck (nada a ver com o boneco Chucky tá?) parecia que seria presença garantida na Temporada de Premiações de 2025. Afinal, ganhou o prêmio principal do Festival de Toronto. Só que conforme o tempo foi passando, o filme foi perdendo força. Eu consigo entender. À primeira vista parece bonito, e diferenciado, com sua estrutura que começa pelo fim. Entretanto, apesar de ter momentos muito bonitos, enrola demais, e no final não emociona, o que parecia ser seu principal objetivo.
Baseado em conto de Stephen King, já aviso que não tem nada de terror. É sim um drama fantástico. É uma daquelas histórias difíceis de apresentar uma sinopse sem entregar alguma surpresa. O que pode se dizer é que A Vida de Chuck é dividido em três partes. E o filme começa pela parte final, quando a internet começa a falhar e outros desastres que mostram que o mundo está acabando. E estranhamente, há vários outdoors espalhados pelas ruas agradecendo aos 39 anos de Chuck Krantz (Tom Hiddleston). A segunda parte mostra o próprio Chuck vivendo uma série de situações. Já a terceira mostra a infância e adolescência de Chuck.
O que achei?
O filme começa bem devagar, mas tem um formato interessante, mesmo com Chiwetel Ejiofor à frente do elenco, um ator de uma nota só sempre. A segunda parte, quando conhecemos Chuck na pele de Tom Hiddleston é a parte mais fraca, com exceção do lindo do número musical (mas que se estende um pouco demais). É bom avisar que Tom só aparece 19 minutos do filme. A terceira parte mostra a infância e adolescência de Chuck, inclusive sua relação com os avós. Estes são feitos de maneira magnífica por Mark Hamill e Mia Sara, a namorada de Ferris Bueller, que saiu da aposentadoria para fazer esse filme.
Pode ser que muita gente se sinta tocada pelo filme (vi algumas críticas positivas). Não foi o meu caso. Parece que falta algo, alma, ou uma verdade mais contundente. O ator que faz Chuck criança, Benjamin Pajak, é sensacional. E chega a ser meio chocante ver o garotinho de O Quarto de Jack, Jacob Tremblay, fazendo Chuck como um jovem adulto. Há algumas participações especiais como Matthew Lillard e Carl Lumbly. E claro, assim como em Um Sonho de Liberdade, também de Stephen King, Rita Hayworth tem um momento importante no filme. Dessa vez numa cena de um de meus filmes favoritos dela, Modelos.