O filme Anônimo fez um grande sucesso de público e crítica em 2021 – veja a crítica aqui. Era um filme de ação cheio de bom humor e muita violência. Algo na linha de John Wick, mas que não se levava a sério – está disponível para aluguel /compra nas plataformas digitais. No final, deixava claro a ideia de que uma sequência estava nos planos. Ela chegou agora. Anônimo 2 estreou hoje nos cinemas. E quer saber? Continua divertido.
Hutch (Bob Odenkirk) continua seu trabalho repleto de perigos, socos e pancadas (afinal ele tem que pagar o prejuízo de ter queimado milhões no final do primeiro filme). Só que por causa disso, ele está cada vez mais distante de sua esposa Becca (Connie Nielsen) e dos filhos, além de estar sobrecarregado com as novas missões. Para tentar se redimir, Hutch decide levar todos numa viagem a um parque de diversões aquático onde passou férias de verão na infância com seu irmão Harry (RZA). Acompanhado de seu pai David (Christopher Lloyd), a família chega na turística cidade de Plummerville, prontos para curtir os dias em família sem distrações de trabalho. Só que esses planos, saem do eixo quando uma briga inesperada e aparentemente trivial com alguns encrenqueiros locais desencadeia uma série de eventos perigosos.
O que achei?
Esse segundo filme é um divertido mix de John Wick com Férias Frustradas. Porque é impossível não lembrar os filmes de Chevy Chase quando você começa a acompanhar a jornada da família rumo a um parque breguíssimo para passar as férias. E continua quando eles entram na “suíte de lua de mel” que parece saída de um filme de terror, rsrs. E claro, as roupas floridas de Hutch e seu pai (feito sem tirar os óculos escuros por Christopher Lloyd) também contam, rsrs. Sem esquecer o chinelo com meia, rsrs. Mas isso é só por pouco tempo, pois logo Hutch se muda para roupas mais apropriadas para as “porradas e cacetadas” que vem a seguir.
Aliás, as cenas de lutas são violentas e sanguinolentas, mas tudo fica mais leve com a escolha da trilha sonora. Isso vem na tradição do primeiro, e é bem eficiente. Os vilões são bons também. Colin Hanks faz o xerife corrupto, e claro, Sharon Stone “deita e rola” como a vilã-mor. O jeito como ela diz seus diálogos são impagáveis , e além disso, está maravilhosa de linda. Mas, é claro, o filme pertence a Bob Odenkirk como o improvável anti-herói violento, mas que sabe ser fofo. Especialmente com a mulher, feita com uma doçura impensável por Connie Nielsen (mas ela também sabe ser dura quando precisa, rsrs). O único senão é que fica mal explicado como cachorro ficou tão amigável para entrar na história.
No final, pode ser que algumas horas depois você já tenha esquecido o filme. Mas durante Anônimo 2, você vai se divertir bastante – Liam Neeson aplaudiria, rsrs.
