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O Próprio Enterro é um filme de julgamento para aplaudir

Eu adoro filmes de tribunal, mas ainda não consegui assistir  O Próprio Enterro, que estreou semana passada na Prime Video. Foi então que meu amigo José Augusto Paulo, me disse que tinha visto, e gostado bastante. Depois de ler a crítica dele – veja abaixo -, me deu mais vontade de ver ainda. 

O Próprio Enterro

O titulo desse novo filme inicialmente não me animou muito. Só que eu fiquei mais interessado quando me contaram que era baseado em fatos reais. E como sempre achei Tommy Lee Jones um ator simpático, decidi assisti-lo. O enredo conta como Jeremiah O’Keefe (Tommy Lee Jones), o dono de uma funerária em uma cidade do estado de Mississippi, se vê em dificuldades financeiras. Segue então a sugestão de seu advogado de 30 anos e vai se encontrar com Ray Loewen (Bill Camp). Ele é o presidente de um grupo que já havia adquirido centenas e centenas de funerárias nos EUA. Jeremiah vai tentar lhe vender três das oito que tinha. Um acordo é discutido e preparado.  O problema é que somente Jeremiah o assina. E fica meses a espera da assinatura de Ray e sem receber o pagamento que precisa agora com urgência. 

E a partir daí…

Um jovem advogado ( Mamodou Athie), amigo de um dos filhos de Jeremiah (que teve 13 e é obcecado com a idea de deixar um legado para eles) tem a ideia de que Jeremiah deveria levar o caso à justiça. Afinal, parece que a demora é intencional para levar Jeremiah a falência. E assim poder comprar todas as funerárias por um preço barato, e ainda pedir uma indenização. Como tudo acontece em um condado que tem maioria da população negra, e em caso de julgamento os jurados também seriam em maioria negros, ele convence Jeremiah a ir se encontrar com Willie Gary (Jammie Fox). Este é um advogado negro de origem muito humilde mas que fez uma carreira estelar. E melhor,  não se acanha em mostrar sua riqueza material, já que não perdeu um caso nas cortes de justiça em doze anos.

O problema é que Willie só se interessa por casos de danos pessoais físicos, e não em quebra de contrato, e similares. Mas ele acaba convencido a assumir o caso. O resto do filme mostra os tramites na corte.

A opinião

Aviso que este não é um filme médio de julgamento. As ações são rápidas, o visual (mesmo na corte) muito interessante e relevante para a história. Isso tanto em sua simbologia como os diálogos juntam as imagens. E sabe aquele formula de que acusação e defesa apresentam suas conclusões no final do julgamento antes do júri se retirar para decider se o réu é culpado ou inocente (geralmente um momento de alto drama neste tipo de filmes)? Pois neste filme isso não acontece. Willie diz as primeiras palavras de sua apresentação e o filme corta para a espera do retorno dos jurados.

As cores fortes, os constantes jogos de luz e sombra, e a trilha sonora, em sua maioria música negra dos EUA, mas no ponto e com contexto, entretém e mantém a atenção. O filme todo parece um crescendo, indo para um ápice, com alguns momentos onde tudo pode se perder, mas não.  Ou seja, uma montanha-russa nas nossas emoções. Os diálogos são inteligentes, bem marcados, e as atuações brilhantes.

E quando se acha que O Próprio Enterro acabou, em meio aos créditos (quando toca uma excelente versão da Cantata 147 de JS Bach… deu vontade de aplaudir a maestria da escolha e também como aquela música, conhecidíssima, coroa um filme bem feito), há mais. Surge ainda mais uma cena na qual Jamie Foxx (como Willie Gary) se cruza em um corredor com o verdadeiro Willie. Um super momento, assista.

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