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A moda, o legado e a história de Halston

A correria do dia a dia nos faz deixar passar, às vezes, filmes e séries que, pelo gosto pessoal, estariam no topo da lista. É o meu caso com Halston. Adoro moda, e principalmente essa moda dos anos 70. Já admirava o estilo de Halston, que conheci estudando o momento pop da época do Studio 54. Além disso, como quem me conhece sabe, amo Ryan Murphy, o produtor da série. Mas, por alguma razão, fui deixando Halston para ver depois. Meu amigo José Augusto Paulo, já viu, e, ao ler sua análise, fiquei ainda com mais vontade. Vou ter que achar um tempinho!!!

Halston

Por vezes, assistimos séries nas quais os personagens principais insistem em cometer erros. Se é uma comédia, ainda podemos rir do resultado. Mas, se é um drama, começa a ficar irritante. Chegamos quase a dizer que ele não deve fazer isso ou aquilo para a tela. Felizmente, Halston é uma série de poucos episódios. Então não chegamos a nos exasperar com o comportamento do personagem principal. Mas chega perto. E isso se deve talvez porque Ewan McGregor faz um excelente trabalho em recriar esse inovador da moda, hoje quase esquecido.

Confesso que eu sabia pouco sobre Halston. Lembrava que ele havia criado um chapéu usado por Jackie Kennedy que se tornou icone de uma época. Mas não sabia muito das suas inovações em tecidos e desenhos no final dos anos 60 e inicio dos anos 70. O trailer na Netflix me dava a impressao de ser mais uma serie sobre a era do Studio 54. Inicialmente não me atraiu muito (e nem reconheci Ewan nela). Foi quando uma amiga me recomendou a série (ela entende muito de moda) e decidi tentar. Gostei.

Quem era Halston?

Halston evoluiu de desenhar chapéus para vestidos e depois malas, meias, roupa de cama, gravatas, etc. Parte dessa evolução se dá em 1973, quando ele vendeu sua linha (que continha seu nome) para o grupo de investimento Norton Simon Inc. Mas, manteve a liberdade para criar (ele continuous sendo o principal designer) com fundos quase ilimitados. Porem os investidores queriam retorno…  E ele era um tanto relutante a seguir seus conselhos sobre o mercado e a concorrência…

Ele popularizou caftans, o uso de ultra-suede. Foi um dos pioneiros em preferir modelos de várias origens étnicas. Ele criava para uma elite. Teve amizades com muita gente famosa da época tanto do meio artístico como da política. Inclusive há um momento na série em que ele responde a uma chamada da primeira-dama Betty Ford. Ou seja, mostra bem o nivel de entrosamento dele com pessoas das mais variadas orientações politicas… E todas faziam mais ou menos o que ele queria.  Liza Minelli foi sua amiga fiel até o final, como a série mostra. Os erros ficaram por conta de popularizar suas criações (que passaram a ser vendidas na JC Penny). Isso e também o consumo de drogas e álcool. A série mostra que ele chegava para trabalhar às seis da tarde quase todos os dias. Às sete organizava jantares no escritório. Estes viravam esticadas no Studio 54 até a manhã seguinte.

A produção

Parece uma história que já escutamos antes, não é? Mas mesmo assim vale a pena assistir. A produção é excelente.  Tanto na recriação de época, como em nos dar uma idéia da dimensão dos personagens naquele momento. Ewan está muito bem. Ele, que não é tão alto, convence como Halston que era bem alto. Krista Rodriguez leva um tempo para nos convencer como Liza. Mas, talvez porque Liza só possa ser interpretada pela própria, com aquele olhos imensos e sorriso idem. Bill Pullman está excelente como o sensato homem de negócios David Mahoney, um contraponto aos excessos de Halston. A trilha sonora é bonita, generosa, mixto de toque de veludo e seda e as batidas agitadas dos anos 70. A fotografia é simples, mas elegante.

Halston merece ser visto porque o original foi além de suas criações. Tinha bom gosto, talento e encantou, mas nunca se resolveu bem como pessoa. E, ao invés de nos irritar, acaba ganhando nosso carinho.

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