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A maldição da Mansão Bly tem poucos sustos e mais amor

A Maldição da Residência Hill foi uma das séries mais assustadoras que vi nos últimos tempos. Daquelas que deixa você olhando as sombras quando apaga a luz. Rsrsrs! Com isso, todo mundo estava esperando muito a sequência, A Maldição da Mansão Bly, que vai estrear na próxima sexta (9) na Netflix. Dessa vez, a história tem como base as histórias de Henry James, especialmente o clássico livro A Volta do Parafuso. Essa história já havia sido tema de um dos filmes mais aterrorizantes que já vi: Os Inocentes, de 1961. Mas também resultou na bobagem recente, Os Órfãos. A Maldição da Mansão Bly tem seu próprio caminho. Assusta pouco, mas tem uma atmosfera gótica envolvente, para contar algumas interessantes histórias de amor.

Ou seja, não espere os sustos de Residência Hill. Tudo começa com uma mulher contando uma história durante uma festa. Esta tem início com a chegada de uma jovem preceptora, Dani, à Londres, nos anos 80. Ela resolveu embarcar para a Inglaterra porque algo aconteceu em sua vida. Dani é contratada pelo tio de duas crianças, Miles e Flora, que perderam os pais  e vivem na enorme Mansão Bly. Mas, ao chegar lá, a jovem percebe que há algo errado. Com a casa, com as crianças, com pessoas que viveram no local.

A crítica

Há vários mistérios paralelos, que  deixam o espectador intrigado. Fiquei especialmente curiosa para saber o significado das pegadas de lama. Entretanto, algumas cenas se alongam demais, outras se repetem à exaustão (não aguentava mais o diálogo na cozinha). O mistério da vinda de Dani e suas visões demora um pouco demais para ter uma explicação. Há um episódio de flashback, que é o que explica muitas coisas. Mas, no final, fica uma sensação de correria já que coisas demais acontecem. Ou seja, apesar da história ser interessante, e se propor a ser totalmente diferente da primeira temporada, parece que a narrativa poderia ter sido melhor resolvida na edição. Com diálogos mais objetivos, e uma montagem melhor, A Maldição da Mansão Bly poderia ter sido inesquecível em sua própria proposta, assim como Residência Hill foi.

Atores que estavam na primeira temporada retornam aqui, mas em personagens totalmente diferentes. É o caso de Oliver Jackson-Cohen, Henry Thomas e a própria Victoria Pedretti, que faz aqui o papel principal. Todos estão ótimos. E as crianças que fazem Miles (Benjamin Evan Ainsworth) e Flora (Amelie Bea Smith), especialmente esta última, são excelentes.  Também é preciso destacar ainda as presenças de T’Nia Miller, tão eficiente quanto em Years and Years, e Rahul Kohli, como o cozinheiro. Ele parece que é um raio de luz na casa em todas as cenas que participa.

Provavelmente todos que se assustaram com os momentos aterrorizantes de Residência Hill vão se decepcionar com a Mansão Bly. Só tive um ou dois momentos de susto. Na verdade,  a história é mais triste e pouco assustadora. E dá uma sensação de vazio ao final. Talvez tenha sido esse o objetivo. E nesse caso foi atingido.

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