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Edward Norton e seu neo-noir Brooklyn: Sem Pai Nem Mãe

Como cinéfila que sou, adoro estudar filmes com história de detetives. Especialmente aqueles onde um homem com nada a perder lidera uma investigação que vai levá-lo a alguém com muito poder, que poderá ou não acabar com sua vida. Esses eram muito populares nos anos 40 e 50, tinham uma linguagem visual toda própria, e eram denominados films noir. Alguns filmes mais recentes foram produzidos com esse tipo de história em mente, sendo denominados neo-noir. Caso de LA Confidential, Cidade dos Sonhos, Corpos Ardentes. E agora, mais um nessa linha está chegando aos cinemas essa semana,  é Brooklyn: Sem Pai, nem Mãe, dirigido, roteirizado e estrelado por Edward  Norton.

Ele é Lionel Essrog (Edward Norton) é um solitário detetive particular com síndrome de Tourette (um distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por tiques múltiplos, motores ou vocais, o que faz com que não se tenha controle sobre o que diz) . Em Nova York, nos anos 50, ele está investigando o assassinato de seu amigo e mentor, Frank Minna (Bruce Willis), mas tem poucas pistas sobre o que aconteceu. Obsessivo, Lionel passa a percorrer vários trechos da cidade em busca de respostas.  Até encontrar um caminho que o leva a uma situação de especulação imobiliária em vizinhanças resididas em sua maioria por pobres e negros.

O filme é obviamente muito bem feito, a reconstituição de época é ótima. Tem uma incrível trilha jazzística e um elenco de primeira. Além de Edward Norton, que para mim é um dos melhores atores da sua geração, tem gente  como Bruce Willis, Alec Baldwin, Willem Dafoe, Gugu MBatha -Raw . E ainda participações de Lesley Mann, Bobby Cannavale, Cherry Jones, Michael K. Williams, todos ótimos.

Então qual é o problema?

Apesar da ideia ótima, não só da história como também a de incorporar o estilo neo-noir, o filme é longo demais com suas 2h24 minutos. Certas situações se arrastam, deixando o público cansado. E esse ainda é daqueles filmes que você tem que prestar muita atenção, com o risco de perder alguma informação importante. É claro, há momentos ótimos, e gostei da opção do diretor de injetar um pouco de humor na história (senão ninguém aguentaria). Também o personagem independente  de Laura (Gugu) é outro chamariz. E no final, Edward Norton fez aqui um trabalho onde o amor pela história, pelo elenco, enfim pela produção, é tão claro, que você até consegue perdoar o fato de que Brooklyn: Sem Pai nem Mãe é uns 40 minutos mais longo do que deveria.

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