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Cinema

Babilônia já está na lista dos melhores do ano!

Babilônia, que estreia nessa quinta nos cinemas, estava entre os filmes que eu mais queria ver esse ano. As razões são várias. A direção é de Damien Chazelle (que fez La La Land, que eu amo tanto). Os astros são Margot Robbie e Brad Pitt, sempre sensacionais. Mas especialmente porque se trata de um filme sobre Hollywood, e ainda durante a transição dos filmes mudos para os falados. Assim como Era uma Vez em Hollywood, que também tinha Brad e Margot, Babilônia mistura personagens ficcionais com reais. E tem um monte de referências e inspirações que fazem a festa para quem, como eu, é uma estudiosa dessa era do cinema. Sei que pode parecer cedo para dizer isso, mas acho que Babilônia estará na minha lista dos melhores do ano.

O filme segue o caminho de quatro personagens nos final dos anos 20 em Hollywood. Manny (Diego Calva) é um faz-tudo que busca uma oportunidade na indústria. Jack (Brad Pitt) é o maior astro de Hollywood, que vive a vida com tudo que ela pode lhe oferecer. Sidney (Jovan Adeppo) é um músico de jazz  que transita por todas as festas locais. E, claro, há Nellie (Margot Robbie). Ela busca uma oportunidade, porque sabe que tem tudo para ser uma estrela. As vidas deles vão se cruzar num ambiente de mudança. Isso porque os filmes começarão a falar, e a censura está à espreita.

O que achei?

O filme já começa de uma maneira um tanto chocante quando Manny tem que fazer com que um elefante chegue a uma festa – no meio do deserto. Essa sequência é nojenta e chocante – me fez até pensar que o filme poderia ser insuportável. Mas, a partir daí, ele deixa todo mundo extasiado com a brilhante festa, que mais parece uma Sodoma e Gomorra (ou a Babilônia do título). Há planos  sensacionais enquanto os personagens cruzam de um lado para o outro enquanto um bacanal corre solto. É brilhante! Tanto que só após meia hora (a duração da sequência da festa) é que vemos os título do filme.

A partir daí, Damien Chazelle acompanha principalmente a jornada dos personagens principais na história. E claro, vemos especialmente como tudo pode dar errado, mas acaba dando certo, para que vejamos aquele mundo de sonho da tela do cinema. Há  várias sequências apaixonantes, como a da cena de amor durante o por do sol, ou ainda o choro de Nellie no bar. Só quem é um apaixonado por cinema poderia passar esse sentimento de amor.  Mas nenhuma cena mexeu mais comigo do que aquela entre Jack e Elinor (Jean Smart) sobre a importância do cinema, e sobre aqueles que virão depois deles. Emocionante – e os atores arrasam.

E claro, Chazelle fez uma grande pesquisa. Há muito de John Gilbert em Jack. E Nellie é uma versão de Clara Bow, com direito até ao time de futebol americano. Lady Fay Zhu (Li Jun Li) é obviamente inspirada em Anna May Wong. Isso sem contar Elinor, claramente um mix de Louella Parsons e Hedda Hopper, as fofoqueiras de plantão da época.  Max Minghella faz o chefe de estúdio Irving Thalberg, um dos poucos personagens reais da história. Logo na sequência da festa, há um episódio que lembra o drama de Fatty Arbuckle. E ainda há a perfeita direção de arte, trilha sonora  (premiada com o Globo de Ouro), figurino, maquiagem, fotografia.

O elenco

E outra coisa sensacional é que Chazelle conseguiu a participação mais do que especial de várias pessoas ligadas ao cinema em seu filme. Olivia Wilde, Flea, Samara Weaving, Lukas Haas, Eric Roberts, Kaia Berger, Katherine Waterston. E até o grande nome dos anos 70, Joe Dalessandro, como um fotógrafo da festa. Tobey Maguire, que é produtor do filme, faz uma participação assustadora na parte final do filme.

E o elenco principal brilha.  Diego Calva, um Javier Bardem jovem, mas com dentes ruins, funciona numa performance que tem tudo para transformar sua carreira. Brad Pitt tem uma atuação divertida, mas ao mesm tempo melancólica. Perfeito! Mas, no final, o filme é de Margot, num papel que seria de  Emma Stone. Acho sinceramente que Emma não conseguiria chegar nessa entrega que Margot tem como Nellie. Assim como em Era uma Vez em Hollywood, ela é o espírito do filme. Indomável e sensacional.

E no final…

E como no final de La La Land, Chazelle me emocionou com a sequência final. Mesmo que não tenha conseguido uma unanimidade da crítica (esse é o tipo de filme que nunca conseguiria isso), é um filme com garra, que não vai deixar você indiferente. E quer saber? Nem senti passar as 3h09 de duração. Me conquistou totalmente.

2 Comentários

1 Comentário

  1. Eloisa

    17 de janeiro de 2023 às 5:24 pm

    Oh My God- chega logo quinta-feira!!! Me emociono só de pensar no Brad Pitt e Margot mais uma vez!!!

    • Eliane Munhoz

      17 de janeiro de 2023 às 6:00 pm

      Eles estão demais!!!

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