fbpx
Conecte com a gente

Olá, o que você está procurando?

Cinema

A bela história de O Filho Eterno

Costumo dizer que há pessoas que tem talento para ter filhos, outros não. E isso não é o fim do mundo, apenas é algo que se tem que reconhecer com antecedência para evitar o sofrimento de outros envolvidos que não tem culpa de coisa alguma. É pouco comum ver filmes que tratem desse assunto. Muitas vezes, aquele que não consegue transmitir esse sentimento tão único de amor a um filho, é tratado como vilão. Creio que pela primeira vez vi um personagem assim ser tratado com respeito e com compreensão em O Filho Eterno, que estreou esta semana nos cinemas, e é baseado no livro de sucesso de Cristóvão Tezza.

Resultado de imagem para o filho eterno

Ele é Roberto, casado e feliz com a esposa Claudia, que estão prestes a ter seu primeiro filho. Ele claramente acredita que o nascimento do filho é o marco para uma nova vida. Tudo parece perfeito até a criança nascer, no dia de uma decisão de Copa do Mundo, e o médico comunicar que Fabrício, o recém-nascido, é uma criança especial, que tem síndrome de Down. A notícia provoca em Roberto uma enxurrada de emoções contraditórias e conflitos que acabam afetando sua relação com o trabalho e seu casamento com Cláudia. O filme conta sua jornada de 12 anos, entre obstáculos, conquistas e descobertas.

É claro que este não é um filme fácil. Lida com emoções, rejeição, revolta, e, é claro, a falta de talento, de condições psicológicas para ser pai, especialmente de uma criança com Síndrome de Down. Mas é contado de uma forma concisa, e principalmente sem vilões e mocinhos. Paulo Machline, diretor de um dos melhores filmes nacionais que vi em tempos recentes (e injustiçado pela maioria da crítica e público), é também um apaixonado por futebol. Com isso, optou por situar a história a partir de finais do Copas do Mundo durante 12 anos. Um formato inteligente, que dá um bom ritmo à história. Dê uma olhadinha na entrevista que fiz com ele para o programa Show Vip:

O elenco é ótimo. Como Roberto, Marcos Veras deixa de lado o comediante e embarca nesse papel bem dramático, que é difícil de compreender pela maioria. Débora Falabella é a mãe amorosa perfeita. Desde o primeiro momento, quando ela acabou de receber o filho nos braços, é clara a percepção de seu amor tão profundo e total dedicação ao filho, feito pelo menino Pedro Vinicius, que é simplesmente adorável. No final, a mensagem é positiva, e você acredita que essas pessoas poderão chegar àquele momento daquela maneira. E, é claro, é emocionante.

Resultado de imagem para o filho eterno

 

Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Últimas Notícias

Streaming

Histórias de época que vieram de livros viraram uma febre entre séries depois do sucesso de Bridgerton e Outlander. Tivemos a ótima The Buccaneers...

Streaming

Olimpíadas começando nessa sexta-feira (apesar de que várias competições já aconteceram). E eu confesso que sempre me emociono com a emoção dos atletas que...

Cinema

Sempre digo que a vida real nos apresenta fatos muito mais absurdos do que qualquer roteiro maluco de cinema. Isso fica evidente também em...

Cinema

Quando o primeiro Deadpool estreou lá em 2016, eu fiquei fascinada com seu humor politicamente incorreto. Tanto que o coloquei entre os meus Top...

Streaming

Em 2020, uma semana antes de tudo fechar por causa da pandemia, Aprendiz de Espiã estreou nos cinemas. Não fez um enorme sucesso porque...

Você também pode gostar de ler

Cinema

O título é ótimo. Depois a Louca sou Eu é  o título de um livro de Tati Bernardi, de grande sucesso no Brasil. Eu...

Cinema

Eu confesso que nunca vi Nelson Rodrigues no teatro, o lugar para onde suas histórias eram originalmente criadas. Mas vi muita coisa dele no...