Muitas vezes você vai com muita expectativa para ver um determinado filme. Foi o meu caso com A Grande Viagem da sua Vida, que estreou hoje nos cinemas. Com Margot Robbie e Colin Farrell, parecia ser uma linda história de amor. #sóquenão. Tive que lutar com todas as minhas forças para não cochilar em diversos momentos do filme. Uma pena. E o outro filme que estreou nos cinemas hoje é Animais Perigosos. Geralmente gosto de filmes de tubarão, mas esse é terrível. E é estrelado por um dos piores atores do cinema atual, Jai Courtney.
A Grande viagem da sua Vida
O filme acompanha a jornada mágica de David e Sarah. Eles são dois desconhecidos que se esbarram no casamento de um amigo em comum. Ambos solteiros, eles flertam um com o outro na festa e acabam juntos numa viagem comandada pelo GPS do carro antigo de David. Quando a ferramenta deixa a dupla no meio de um lindo campo com apenas uma porta vermelha, eles resolvem atravessá-la e acabam embarcando numa aventura fantástica pelo tempo. Uma trajetória na qual ambos têm a chance de reviver momentos determinantes de suas respectivas vidas. Contemplando o caminho que os levou até o momento presente, David e Sarah estabelecem uma conexão profunda enquanto imaginam novas possibilidades para o futuro.
Visualmente livro, com um belo aproveitamento das cores, mas o roteiro é cansativo e sonolento. Pretende ser complexo e cerebral, mas é só chato. Mesmo com todo o carisma de atores fantásticos como Margot Robbie e Colin Farrell, é impossível acreditar no romance de ambos, especialmente enquanto eles ficam repetindo as mesmas falas todo o tempo. Já vimos muitos romances de fantasia, e esses requerem o envolvimento da audiência, coisa que não ocorre aqui. E ainda há essa necessidade de impor lições de vida que só se tornam aborrecidas. Ou seja, no final é um grande desperdício de atores (Kevin Kline também está no elenco) e produção a serviço de um roteiro arrastado e sem graça.
Animais Perigosos
O filme acompanha uma surfista experiente e de espírito livre chamada Zephyr (Hassie Harrison) que é sequestrada por um assassino em série conhecido como Tucker (Jai Courtney). O modus operandi do criminoso é peculiar e perturbador: obcecado por tubarões, Tucker rapta suas vítimas e as transforma em comida para esses assustadores e famintos animais, conduzindo toda essa tragédia como um espetáculo. Zephyr, então, é mantida em cativeiro com outra jovem e precisa testemunhar os horrores do serial killer enquanto procura formas de escapar desse pesadelo. Esperta e sagaz, Zephyr luta pela própria vida e contra o tempo, antes de se tornar mais uma refém do ritual macabro de Tucker.
Tudo é previsível, exagerado e ridículo. Fiquei muito surpresa que o filme tem recebido vários elogios da crítica internacional. Em momentos tensos, eu só conseguia sentir cansaço. A atriz principal, Hassie Harrison, até é bonita e eficiente (ela é a Laramie de Yellowstone), mas não consegue manter a atenção. Certas cenas são especialmente mal feitas e risíveis especialmente nas telas grandes dos cinemas.. Vale mais rever Tubarão ou o ótimo Águas Rasas.
