Quantas vezes você já começou a assistir uma série ou um filme e tinha situações tão absurdas que dava até pra dar risada? Mas no final, com tanta ação, reviravoltas, personagens fortes você continuava a assistir, e no final, até achou bem boa? Pois esse foi meu caso com Refém, que estreou ontem (22) na Netflix. É uma série inglesa, curtinha, com apenas cinco episódios – vi numa sentada só. E com ela, a gente começa a achar que a segurança inglesa é com certeza a pior do mundo, rsrsrs.
A primeira-ministra do Reino Unido, Abigail (Suranne Jones) se vê em uma situação muito difícil, seu marido é sequestrado enquanto trabalhava na Guiana Francesa. Ao mesmo tempo, enquanto está em Londres para negociações, a presidente da França (Julie Delpy) começa a receber ameaças e chantagens. Diante da crise, as duas precisam superar as rivalidades e se unir para descobrir quem está por trás das ameaças e tomar uma decisão muito difícil.
O que achei?
O princípio da história, o sequestro do marido da primeira ministra já é um absurdo. Afinal, ele faz parte do Médico sem Fronteiras, e vai pros confins da Guiana sem segurança. A própria primeira ministra anda pra baixo e para cima como quer , assim com a filha de ambos. A presidente francesa mostra que tem segurança, mas fica tanto tempo em Londres que parece que está de férias. E o final, nem vou comentar, rsrs. James Bond ficaria chocado, rsrs.
Mas descontando tudo isso, que a deixa bem fora da realidade, a série funciona. Tem várias cenas de ação, um bom ritmo. Gostei especialmente das tentativas de descobrir que está por trás de tudo. Funciona bem. E claro, o elenco. Suranne Jones, da série Gentleman Jack, e Julie Delpy (da trilogia Antes do Amanhecer) levam a história facilmente. Tem talento e carisma. É muito bom inclusive ver duas atrizes que já passaram dos 40 estrelar uma série de ação da Netflix. O elenco ainda tem Corey Mylchreest , visto recentemente em Meu Ano em Oxford, e Ashley Thomas, que esteve em Them. Corey não tem muito o que fazer aqui, mas Ashley tem bons momentos, apesar de que seu personagem, o marido praticamente santo, também é bem fora da realidade, rsrs. Ou seja, mesmo absurda, Refém vale a pena.
