Eu me lembro bem do dia do velório de Ayrton Senna. Minha sala na antiga LK-Tel Vídeo era a única que tinha uma TV no escritório. E praticamente a empresa inteira foi até lá um momento ou outro para assistir a cobertura do velório. Lembro que já naquela época achei um absurdo a história da família ter deixado Adriane Galisteu de lado, e chamado a Xuxa para fazer as vezes de viúva. De lá para cá tive a oportunidade de encontrar Adriane várias vezes, muitas envolvendo trabalho, como nessa foto abaixo, feita há 13 anos. Sempre foi simpática e séria, muito profissional, realmente admirável.

E por isso mesmo estava muito curiosa para assistir Meu Ayrton por Adriane Galisteu, que estreou hoje na HBO Max. São dois episódios de 45 minutos. Estive no lançamento do documentário (veja alguns trechos nas redes sociais do Blog). Tive a oportunidade de ouvir Adriane falar um pouco sobre a ideia do documentário – e o quanto foi importante para ela contar a sua história – e como ninguém pode tirar isso dela. O primeiro episódio mostra um pouco de sua vida pré-Ayrton, e também como os dois se conheceram, e se apaixonaram. Já o segundo mostra os acontecimentos imediatamente pré e posterior à morte dele.
O que achei?
Adriane conta momentos muito bonitos, e outros bem interessantes, sobre como conheceu Ayrton e a relação deles. O primeiro encontro, a primeira viagem, quando ele conheceu a família dela. Também mostra como teve amigos que ficaram ao lado dela e a ajudaram. É o caso do falecido Antonio Carlos de Almeida Braga, melhor amigo de Ayrton, que foi quem segurou sua mão quando ela precisou. Há vários depoimentos como a mulher de Braga, Lucia, e a amiga Birgit Sauer, que conviveram com o casal, entre outros. Há até Emerson Fittipaldi (que estava no autódromo no dia da gravação por coincidência, e acabou entrando na história), Nuno Cobra, Roberto Cabrini. A produção ainda mostra ao final que a família Senna e Xuxa foram convidadas a participar, mas declinaram.

Há alguns momentos divertidos, como a primeira chegada de Ayrton em Adriane. Há alguns até emocionantes, como quando ela relembra o fim. E ainda há aqueles em que Adriane abre o coração : fala daqueles que a odeiam, sobre a decisão de posar para Playboy, sobre o irmão dependente de drogas. Ainda passa por lugares onde Adriane morou (e o fiat UNO que Ayrton deu para ela), o apartamento onde moravam juntos, e as casas de Portugal. É um belo documentário, que vale ser visto pelos fãs.









































