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O elenco é bom, mas Departamento Q cansa muito

Todo mundo que conheço que assistiu Departamento Q, da Netflix, gostou  bastante. Eu confesso que demorei um pouco para assistir porque ao assistir o primeiro episódio, achei um tanto pesado, e resolvi deixar para ver mais pra frente. Vi em doses homeopáticas (rs), mais até por causa de Matthew Goode, um ator que gosto muito e faz o papel principal. Isso porque a série se divide entre a investigação policial sobre um desaparecimento, e a desaparecida propriamente dita sendo torturada todo o tempo. A série tem 9 episódios, mas poderia facilmente ter toda a história muito bem contada em 5.

Começando pela história. Carl Mock (Matthew Goode) é um detetive genial e determinado, mas sua arrogância e teimosia lhe traz a antipatia de seus superiores e colegas na Polícia de Edimburgo. Depois de uma perseguição e tiroteio, Carl testemunha a morte de um jovem policial e vê seu melhor amigo baleado, fazendo com que ele ficasse paraplégico. Enquanto tenta se recuperar do trauma, a chefe da delegacia o designa para comandar o Departamento Q, uma unidade voltada para a investigação de casos arquivados e nunca solucionados. O departamento é uma estratégia de relações públicas, criado para distrair o público dos fracassos de uma força policial decadente e com poucos recursos. Também serve para isolar Carl no subsolo, literalmente. Só que o problema é  que o obstinado detetive está determinado a abrir feridas e casos que envolvem a própria polícia.

O que achei?

Para que não sabe, Departamento Q se baseia na série de livros de autoria de Jussi Adler-Olsen . Inclusive há alguns filmes dinamarqueses que também se baseiam nesses livros (estão disponíveis na Filmelier Plus). Nunca vi os filmes e não conhecia os livros antes de assistir a série. Dessa forma, não sabia muito sobre a história, o que tem seu lado positivo, mas também negativo. O showrunner é Scott Frank (de O Gambito da Rainha), o que garante alguns diálogos bem interessantes. E é preciso ressaltar o elenco. Matthew Goode é sempre sensacional – e tem um magnetismo incrível como Carl. E ainda há o excelente trabalho de seus parceiros do Departamento Q: Alexej Manjelov (Akram), Leah Byrne (Rose, que ficou bem parecida com a rainha de Copas de Alice no País das Maravilhas de Tim Burton) e Jamie Sives (Hardy). Ainda contam com uma subutilizada  Kelly MacDonald (de Nanny McPhee), como a psiquiatra de Carl (e um certo interesse amoroso) .

O problema acaba sendo toda a história da sequestrada. Uma personagem mal delineada, com uma interpretação exagerada de Chloe Pirrie. Todos os momentos, mesmo antes dela ser sequestrada e colocada dentro de um tanque, são chatos. A partir do momento em que ela passa a sofrer torturas, a coisa fica ainda mais insuportável (nem vou mencionar a história do dente, aff). E o que atrapalha ainda mais o andamento da série, é que ela se alterna entre a investigação de Carl e seu grupo (a parte interessante) e o subsolo da vítima (chega a ser insuportável).

Até mesmo quando a história revela quem é o culpado, confesso que eu já tinha perdido o interesse nisso, e só queria que tudo terminasse . O episódio final é até interessante , o melhor de todos. Mas chegar até ele foi extremamente cansativo. É bem provável que uma segunda temporada aconteça, mas eu espero sinceramente que tenha um número de episódios menor, e assim ser mais palatável.

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