Eu estava viajando quando aconteceu a sessão para a imprensa de Gladiador II antes de sua estreia nos cinemas. E acabei também não vendo o filme na tela grande. Talvez ele pudesse ter me inspirado uma impressão de maior grandiosidade. Fui assistir só agora que ele estreou na Netflix. É um bom filme, claro. Tem cenas grandiosas, Denzel Washington, e Ridley Scott na direção. O problema é que é impossível não comparar com o Gladiador original, vencedor de 5 Oscars, inclusive melhor filme e ator para Russell Crowe. E pensar que durante boa parte do filme é quase uma cópia do original.
O herói da história agora é Lucius, que foi enviado para a África por sua mãe (Connie Nielsen) logo após os acontecimentos do primeiro filme, e a morte do pai do garoto, Maximus ( Russell Crowe no primeiro filme). Ele virou um adulto, e ´torna-se um soldado para defender o local. Só que o exército romano, liderado pelo General Acacius (Pedro Pascal) é vencedor e acaba levando-o como escravo para Roma. Lá ele é adquirido pelo comerciante Macrinus (Denzel Washington), que vê nele uma oportunidade de ascender na sociedade da época. Só que Lucius, agora conhecido como Hanno (Paul Mescal) tem o mesmo espírito combativo de seu pai, e vai lutar contra tudo e todos.
O que achei?
Como disse no início, o filme tem cenas grandiosas. Já começa com uma grande batalha, e Ridley Scott, mesmo com 86 anos, sabe fazer isso como ninguém. Há outras sensacionais (apesar de que não gostei do CGI da luta com os macacos). Mas, tecnicamente o filme é impecável, inclusive a direção de arte, figurinos e fotografia. Mas, há algo que falta, ou talvez seja a sensação de já ter visto essa história antes que incomoda . Ainda mais porque não há comparação com o clássico de 2000. Aquele é um filme inesquecível, este é uma produção bem feita.
Ridley trouxe Connie Nielsen e Derek Jacobi do primeiro filme, e usou também várias cenas de Russell Crowe de arquivo. Isso dá um certo charme para a história. Também pegou figuras badaladas de Hollywood para dar ainda mais visibilidade. É o caso de Pedro Pascal , Richard Quinn (de Quarteto Fantástico como um dos irmãos imperadores) e Pedro Pascal. Não estou entre aquelas que é fã incondicional de Paul, mas tenho que admitir que ele está muito bem no filme. Tem uma ferocidade inesperada, apesar de ser muito baixo para convencer como um gladiador.
Mas aí o filme tem um grande triunfo, que é Denzel Washington (indicado ao Globo de Ouro e ao Critics Choice). Como o grande vilão da história, ele deita e rola com todo o seu talento e carisma. Como sempre, é impossível tirar os olhos dele . Só por isso Gladiador II já valeria.
