Há alguns momentos na história que você sempre se lembra onde estava. O ataque à Torres Gêmeas, a morte de Diana, e também a de Michael Jackson. Aliás, esse é um ponto de partida da história de Notre Dame: Catedral em Chamas, minissérie francesa que estreou essa semana na Netflix. Um dos personagens principais, Max, mantém um caderno onde pede para as pessoas que contem a história de onde estavam no momento em que Michael morreu. Entretanto, isso vai mudar, para contar várias histórias diferentes que aconteceram quando a Catedral de Notre Dame pegou fogo em 2019.
A história se baseia no livro La Nuit De Notre-Dame, de autoria do Departamento de Combate ao Fogo de Paris e Romain Gubert. Os personagens são os mais diversos, e também sua ligações com o momento do incêndio. Até hoje não se sabe ao certo o que iniciou tudo, mas o filme tem sua versão. Entre eles, o Chefe dos Bombeiros, que está prestes a entregar sua carta de resignação. A bombeira Alice, que recentemente perdeu o amor de sua vida. A repórter Elena, que entra na catedral em busca de seu grande momento. A Coronel Varese, que nunca perdeu a esperança de salvar a catedral.
Além desses, diretamente ligados ao incêndio, há outras histórias. É o caso de Max, cuja esposa está morrendo, que sai em busca de sua filha naquela noite. Ela, Victoire, conhece o garotinho Billy, e s dois vagam sem rumo pelas ruas de Paris. E ainda Bassem, que está obcecado por uma mulher que mora ao lado da catedral. Esses personagens todos acabam se cruzando em algum momento ou outro. Há também o uso de flashbacks durante os seis episódios.
O que achei?
Há vários pontos positivos na série. A mensagem de como é importante manter um lugar em que as pessoas possam amar, e que é uma referência da história. Além disso, há também excelentes interpretações. Algumas histórias são mais envolventes que as outras. E há aquelas que parecem um tanto irrelevantes naquele momento. A de Baseem, e a obsessão pela mulher vizinha, acaba parecendo meio corrida. Já a determinação da Coronel Varese parece meio enlouquecida em diversos momentos. Entretanto, boa parte das situações parece meio previsível. Ficam algumas perguntas. Como a maioria dos bombeiros não usa máscara no meio daquela fumaceira toda? E como todo mundo consegue andar para lá e para cá num momento como aquele? Rsrsrs. Só que mesmo assim, ela mantém a atenção todo o tempo.
Há vários elementos ficcionais na série. Mas a forma como o departamento dos Bombeiros lidou com o fogo parece que é bem real. Não é uma série inesquecível, mas a forma como funde momentos reais e de emoção, é eficiente.
