Os filmes de Paul Thomas Anderson se alternam entre os muito bons ( Trama Fantasma ) e muito loucos ( Vício Inerente ) . Uma Batalha após a Outra fica no meio termo, rsrs. É um ótimo filme, com momentos de comédia, drama e aventura – e tem mais uma grande atuação de Leonardo Di Caprio. Estreia nessa quinta nos cinemas – tem 2h40, e vale ver.
Leonardo DiCaprio interpreta Bob Ferguson, um ex-revolucionário que sai da aposentadoria para enfrentar a missão mais importante de toda a sua vida: resgatar a sua filha. Tendo vivido a juventude como integrante de um grupo de guerrilha, agora a sua fracassada vida o atinge em cheio com frustrações e tristezas quando o mais cruel de sua longa lista de inimigos retorna. Isso após passar 16 anos desaparecido e resolve sequestrar a garota. Diante de tamanha urgência, ele pede ajuda a seus antigos companheiros e embarca em um implacável desafio em que precisará correr contra o tempo para salvar quem ele mais ama.
O que achei?
O filme é baseado no livro de Thomas Pynchon, o mesmo que escreveu Vício Inerente. Não li o livro, mas o filme é cheio de reviravoltas – e muita coisa acontece. Por isso mesmo, o filme funciona com suas 2h40. Ele se passa em duas época diferentes, mesmo sem explicar exatamente quando é. A segunda se passa 16 anos depois da primeira, o que faz com que acompanhemos o envolvimento dos pais de Willa, e posteriormente como isso faz com que venham atrás dela.
Há muitas cenas divertidas ( a maioria com DiCaprio), mas também há várias dramáticas e incômodas, especialmente aquelas que tem Tony Goldwyn e seu grupo. É um filme que diz muito quanto à situação que vários países do mundo vivem, com pessoas com posicionamentos políticos diametralmente opostos, e prontos a fazer qualquer coisa para fazer com que sua forma de pensar prevaleça. E isso inclui muito cenas de violência.
E os atores?
Mas há outras também de tensão constante muito bem feitas. A perseguição no final na estrada ondulante é sensacional. É bem provável que o filme esteja presente na Temporada de Premiações . Especialmente com as participações de Leonardo DiCaprio e Sean Penn, como os antagonistas. Sempre acho que DiCaprio funciona melhor em comédias do que em dramas. E aqui ele está sensacional como o pai desesperado. Já Penn não deixa que seu personagem seja uma paródia sem sentido. Seu vilão também tem problemas, e dores de amores. Há ainda a presença marcante de Teyana Taylor, numa caracterização enlouquecida que vai ficar na sua mente depois que sair do cinema (mas vamos combinar que a barriga de grávida é bem fake né? Rsrs!
