Downton Abbey é uma de minhas séries favoritas da vida. Acompanhei suas 6 temporadas, que me fizeram chorar (com mortes de personagens), e me fizeram sorrir, especialmente com a Lady Grantham de Maggie Smith. Todas as temporadas estão na Netflix, e merecem ser vistas. Há também os dois filmes que foram feitos para o cinema (o primeiro está na Globoplay, o segundo para aluguel e compra em diversas plataformas). Amo os dois. E agora chega aos cinemas nessa quinta o terceiro e último filme, Downton Abbey: O Grande Final. Já aviso, leve o lenço para essa despedida.
O novo filme mostra novos desafios, romances e transformações sociais com a entrada nos anos de 1930. Lady Mary se encontra no centro de um escândalo e a família vive um momento de dificuldades financeiras. Todos os membros da família enfrentam o risco de vergonha social. Os Crawley, então, precisam aceitar mudanças enquanto os funcionários preparam a nova geração de herdeiros de Downton. O choque entre tradição e modernidade ganha os holofotes quando há a possibilidade de Mary assumir o controle de Downton e as diferenças começam a ser mais aceitas.
O que achei?
É desnecessário falar sobre fotografia, figurino e direção de arte. Tudo perfeito como sempre. O roteiro é um presente para os fãs (especialmente diante da ausência de Matthew Goode). Já aviso que aqueles que nunca acompanharam a série e os filmes até vão poder aproveitar Downton Abbey: O Grande Final. Mas ficarão sem entender boa parte das piadas, referências e das reações de personagens. Há referências a Fim de Semana, ao Turco, a Matthew, Sybill, e claro, Lady Grantham. Isso sem contar à mãe de Cora, que foi feita num especial de Natal por Shirley MacLaine, e o irmão, feito por Paul Giamatti, que está de volta aqui (e ótimo como sempre). Mas este não é o único retorno. Dominic West, que fez o ator Guy West em Downton Abbey: Uma Nova Era também volta.
E claro, há homenagens a todos os personagens. Lady Mary mostra sua força, assim como Edith (a cena dela com Gus Sambrook em Ascot é sensacional). Hugh Bonneville como Lord Grantham também tem sequências ótimas, especialmente na cena do apartamento – morri de rir. E cada um dos empregados da casa tem seu belo momento, até mesmo Barrow, que também retorna (a cena do convite- #semspoilers é linda) . Isso sem contar a aparição do compositor Noel Coward (adoro quando Downton mistura figuras reais com fictícias). Para quem acompanha a história da Broadway, a referência a um de seus maiores sucessos, Vidas Privadas, é simplesmente sensacional.
Na verdade, quando você acompanha personagens tão fascinantes por tanto tempo, é como se eles fossem próximos, quase amigos. E com isso, há um envolvimento profundo com toda a história. É o meu caso com Downton Abbey. Para quem é fã como eu, o filme providencia resoluções e momentos inesquecíveis. Especialmente o final – me fez chorar muito. Vou sentir saudade!
