Em 2024, quando a primeira temporada de Ninguém Quer estreou na Netflix, eu disse que era uma comédia romântica fofa e divertida – crítica aqui. E a série foi um sucesso enorme, concorreu a vários prêmios. E apesar de ter tido um fechamento perfeito, deixava a porta escancarada para uma segunda temporada que estreou esse fim de semana na Netflix. Essa temporada tem menos comédia, e mais drama mostrando as dificuldades que o casal enfrenta para conseguir manter sua relação face aos diversos problemas. Continua boa, mas um pouco mais dramática.

Agora Noah e Joanne sabem que a relação pode não ter um futuro certo enquanto ela não decidir se converter ao judaísmo. No entanto, eles decidem viver o presente e se preocupar aos poucos com isso. E logicamente, algumas consequências não demoram a chegar, especialmente em relação à carreira de Noah e a convivência de Joanne com a mãe dele. Paralelamente, Morgan começa um novo relacionamento, e Sasha e Esther sofrem um desgaste no casamento.
O que achei?
O fato de a temporada ter menos comédia pode ser algo que o público não goste. Mas mesmo assim ela continua extremamente romântica. É óbvio que Noah e Joanne se gostam muito, e que tentam a todo custo ficar juntos (mais ele do que ela). Entretanto, refletindo a vida real, as expectativas de um acabam sendo diferentes do que o outro pode oferecer. Mais uma vez, a série mostra que a escolha de Noah de ficar com Joanne tem impacto considerável em sua vida, especialmente no trabalho. A química entre Adam Brody e Kristen Bell continua presente, mas ela está bem mais séria do que seria de se esperar.

Entretanto, a temporada tem momentos muito divertidos. A maior parte deles a cargo de Justine Lupe (Megan). Ela já foi um destaque na primeira temporada, e aqui é praticamente a única responsável pelas partes divertidas (merece um Emmy de coadjuvante). Ainda há algumas piadas para iniciados com referências a outros papéis de Kristen Bell, como Veronica Mars e Frozen. Outro destaque do elenco é Tovah Feldshuh, como a mãe. Mas ela acaba simplesmente sumindo na segunda parte da temporada, apesar de ainda ter boas cenas na primeira. E, claro, ainda há a participação especial de Leighton Meester, que é casada com Adam Brody na vida real. Eles tem uma sequência ótima juntas – e ela está bem divertida também. Outra participação bem especial é a de Seth Rogen como um rabino progressista.

É claro que é preciso ressaltar que a temporada “esquece” de resolver algumas situações, como por exemplo, o problema de Noah em trabalhar para um lado mais progressista do judaísmo. Mas creio que isso poderá ser assunto para uma terceira temporada. Apesar de, mais uma vez, a série terminar redondinha, é bem provável que uma terá uma terceira temporada. Apesar se até o momento em que escrevo a Netflix não ter renovado oficialmente a série, Kristen Bell (também produtora executiva) já afirmou que já estão trabalhando nas histórias e roteiros da próxima temporada. Eu sinceramente gostaria de ver esses dois enfrentando novos desafios da vida a dois.










































