Desde sua primeira temporada, eu incluo A Idade Dourada entre as melhores séries do ano. E com essa terceira temporada finalizada na noite desse domingo na HBO (também disponível na HBO MAX) não é diferente. Aliás, a temporada bateu novos recordes de audiência. É fácil de entender a razão. Essa temporada foi uma mistura perfeita de romance, bastidores do mundo de negócios, e também da sociedade. Isso tudo, além da beleza de figurinos, direção de arte, apuro histórico. É uma linda série, inteligente e envolvente. É obrigatória. Veja aqui a crítica da primeira temporada, e aqui a da segunda.
O que aconteceu na Temporada 3?
A temporada 3 tem um tema constante, a mudança dos tempos, da sociedade. O principal foi a luta de Bertha para casar a filha com um duque, e as consequências disso para a família. Há ainda o romance de Marian e Larry, que sofre com revezes no meio do caminho. Ao mesmo tempo, Agnes sofre com a perda de seu poder e posses, que agora ficam na mão de sua irmã, Ada. E a sociedade conhece alguns de seus próprios podres, e mulheres divorciadas passam a ser uma realidade. Já Peggy conhece um novo pretendente, o Dr. William Kirkland. Entre os criados, Jack tem uma grande chance (um arco muito bom), enquanto uma informante passa todas as informações das casas para a imprensa.
Todo o arco de Gladys e seu casamento foi extremamente emocionante. Bertha tem seu momento de vilã, e como isso reverte para a forma como sua família a trata (em um grande arco que promete para a próxima temporada). Larry e Marian viraram o grande romance que a gente não sabia que precisava. Como são fofos, mesmo quando são teimosos, quase colocando tudo a perder. Mas, a temporada ainda teve uma morte violenta e um atentado, ambas situações surpreendentes, que evolveram mais ainda. A Idade Dourada é um novelão perfeito. E que final de temporada! Amei os dois bailes !
E ainda…
É sempre um prazer enorme ver Cynthia Nixon e Christine Baranski em suas cenas. Duas grandes atrizes, com estilos tão diferentes, que tiveram momentos incríveis na temporada. Eu normalmente achava os arcos de Peggy um tanto chatos, mas nessa temporada, ela me conquistou. Sua história de amor teve química, e ainda houve o embate de duas grandes da Broadway, Audra MacDonald e Phylicia Rashad. Como as mães de Peggy e de William, elas tiveram momentos inesquecíveis, especialmente Phylicia com seu preconceito e malícia. Também é preciso ressaltar o belo trabalho de Taissa Farmiga, passando todo o desespero de viver uma situação que não era a que queria. Isso sem contar das participações de grandes atores convidados como Nathan Lane, Merritt Wever e vários outros grandes nomes da Broadway, como Kelli O’Hara e Donna Murphy.
As histórias de quase todos os personagens tiveram um bom fechamento, com exceção de Bertha e George Russell. Dá até para pensar que os produtores não acreditavam em uma renovação para um quarta temporada. Mas, felizmente, ela aconteceu. E poderemos contar com mais uma temporada de uma série tão boa, que nos faz esquecer o mundo lá fora. Com certeza, A Idade Dourada estará novamente na minha lista de melhores do ano.
