O sucesso de Yellowstone fez com que vários “filhotes” aparecessem. Não só os spinoff’s diretos , como 1923, ou 1883, mas também genéricos. Ranson Canyon, da Netflix, é um deles. E essa semana eu vi um derivado australiano, que também está disponível na Netflix. É Territory, que é estrelada por Anna Torv, da ótima e pouco lembrada Fringe (atualmente indisponível no streaming). A série é curtinha, tem seis episódios, e apesar do ritmo um pouco lento demais às vezes, é interessante de ver.
Quando a maior fazenda de gado do mundo, pertencente à família Lawson, fica sem uma liderança clara, inicia-se um conflito que ameaça destruir gerações de tradição. Os membros da família, sem conseguir chegar a um consenso sobre o futuro da fazenda, enfrentam disputas internas. Nesse cenário, as facções mais poderosas da região, compostas por barões do gado rivais, gângsteres do deserto, anciãos indígenas e mineiros bilionários, veem uma oportunidade de tomar o controle das terras. A fazenda, que outrora representava o auge da riqueza e poder, começa a decair. Com isso, abre espaço para que esses grupos avancem em busca de sua fatia no império Lawson. É quando a luta pelo controle se intensifica, e o risco de apropriação de terras se torna iminente. As facções rivais aproveitam o enfraquecimento da família para assumir o controle, levando a dinastia à beira do colapso.
O que achei?
Tudo começa quando o suposto herdeiro da fazenda é morto por cachorros selvagens. Com isso, o patriarca da família não sabe o que fazer já que seu outro filho (Michael Dorman) é alcoólatra e casado com uma mulher que ele odeia (Anna Torv). O neto mais velho não está interessado, e anda por aí com as piores companhias. Já a neta mais nova, que deseja mais do que tudo trabalhar na fazenda, não é levada a sério. E há todos aqueles que fariam tudo para conseguir destruir os Lawson, entre eles, Campbell Miller (feito por Jay Ryan, da série Beauty and the Beast) e a supervilã Sandra Kirby (Sarah Wiseman). Ou seja, mais novelão, impossível.
Até por ser novelão, os episódios de Territory tem uma certa “barriga” no meio, que até podem fazer você pensar em desistir. Mas aí bem no final acontece um cliffhanger que vai forçar você a ver mais um episódio, para ver o que aconteceu, rsrs. Tem morte, violência, romance, gente doida, corrupção, preconceito, amor verdadeiro. Há até uma série de situações surpreendentes, que tornam a história mais interessante. Isso sem contar as belas paisagens (a fotografia é linda). Mas há um porém, que já aviso. O final termina num cliffhanger também – e apesar do considerável sucesso, Territory não foi renovada pela Netflix. A razão seria “timing da produção e situações de programação”. Uma pena porque eu gostaria bastante de saber o que iria acontecer com aquela descoberta final, rsrs.