Eu gosto de Sofia Carson. Ela não é definitivamente uma grande atriz, mas tem carisma e sabe escolher seus projetos. Tanto que virou um tipo de princesinha da Netflix, depois de sucessos como Continência ao Amor e A Lista da Minha Vida. Seu mais recente trabalho é Meu Ano em Oxford, que se baseia em um livro de sucesso de Julia Whelan. O filme segue a linha de vários sucessos do gênero em que um casal jovem enfrenta a difícil situação quando um deles fica doente. Para se ter uma ideia, os produtores são os mesmos de A Culpa é das Estrelas. O problema é que Meu Ano em Oxford é muito, mas muito mesmo, inferior como cinema. Não me emocionou e não me envolveu.
Anna De La Vega (Sofia Carson) é uma nova-iorquina dedicada e ambiciosa. Ela enfim realiza seu sonho de infância e é aceita para passar um ano estudando na renomada Universidade de Oxford, no Reino Unido. Anna chega determinada a focar nos estudos e na carreira. Só que como sempre nessas histórias, seu coração a pega de surpresa quando ela se envolve com o charmoso e intelectual Jamie Davenport (Corey Mylchreest), seu professor de literatura. Eles prometem um ao outro que o relacionamento será estritamente casual, mas os sentimentos tomam conta com o passar dos dias. Porém, Jamie esconde um segredo inimaginável que pode colocar esse romance em risco.
O que achei?
Meu Ano em Oxford é “vendido” como uma comédia romântica, e não se assume como um drama sobre doença. Por isso mesmo creio que foi impossível para mim sentir qualquer emoção quando Jamie começa a mostrar sua doença. Especialmente porque você não vê a doença. Jamie continua lindo , atlético e com uma cara que está vendendo saúde até praticamente a última cena. Tudo parece meio fake. Já Anna pode estar sofrendo muito, mas a maquiagem dos olhos e a escova mais que perfeita continuam sempre lá. Ou seja, não convence, não envolve na parte dramática. As únicas cenas que me comoveram um pouco foram as do pai de Jaime, feito por Dougray Scott. Ele era o único que parecia estar realmente sofrendo.
Com isso, você fica até com o pé atrás com toda a história do romance. Corey Mylchreest (de Rainha Charlotte) até se esforça, mas Sofia não tem a menor química com ele. Foi impossível para mim ficar convencida por esse amor. Fora isso, há todos os ingredientes desse tipo de história. O amigo gay com seu humor ácido, a amiga divertida, que tem uma paixão por outro colega que não repara nela (e essa história acaba meio esquecida no meio do caminho). E claro, a garota linda que parece ser uma grande ameaça.
Confesso que queria ter gostado de Meu Ano em Oxford. Adoro um filme para desentupir os canais lacrimais, rsrs. Só que nada, nenhum sentimento parece real, genuíno. Vale talvez pelas imagens de Londres e da Universidade de Oxford. Mas nesse caso é melhor ver a bobagem assumida Uma Aventura em Oxford, de 1984, com Rob Lowe, que os pais de Anna estão assistindo logo no início do filme. Assim você recebe exatamente aquilo que espera.
