A gente já viu vários filmes similares. Extraterrestres (ou zumbis) agora dominam a terra. E alguém (aqui no caso um dupla) é o único que consegue vencê-los. É só lembrar de Guerra dos Mundos, séries como O Eternauta e Invasion e até Guerra Mundial Z. Sem contar a série V, estrelada por Morena Baccarin. E agora, chegou na Prime Video, A Linha da Extinção, com Anthony Mackie e Morena (também produtores). Tem bons momentos, mas parece mais do mesmo. Com apenas 1h30, passa a sensação de ser bem mais longo.
Três anos antes do início da história, a Terra foi dizimada por criaturas extraterrestes que, por alguma razão desconhecida, não chegam em altas altitudes, mais especificamente a marca segura de 2400 metros de altura. Precisando se adaptar, os sobreviventes agora vivem em locais elevados e evitam ultrapassar a linha que os separa desses monstros imbatíveis. Unidos por um objetivo comum, Will (Anthony Mackie), Nina (Morena Baccarin) e Katie (Maddie Hasson) embarcam em uma jornada repleta de perigos. Com o destino de um menino em suas mãos, eles lutam não apenas pela sobrevivência, mas também por redenção, descobrindo a força da amizade e o poder da esperança em meio ao caos.
O que achei?
A ideia é vender o filme como ação, apesar de ter cenas de terror, e drama. Mas há poucas ideias novas, tudo parece meio requentado, com partes tiradas de vários filmes do mesmo gênero. Até os extraterrestres parecem dinossauros (chamados de Reapers). Tanto que apesar de ter sido lançado nos cinemas americanos, aqui chegou diretamente no streaming. Há uma parte dentro de um túnel/caverna, que pretende ser claustrofóbica, mas é apenas cansativa. O final é corrido. Mas, claro, também há coisas boas.
Há uma cena num teleférico que tem um bom momento de tensão. E especialmente Morena Baccarin, que constrói uma personagem dolorida, altamente inteligente, e também a mais importante da história. Em tese, o principal é o Will de Anthony Mackie. Mas ele é um ator que nunca me convence, nem como Capitão América, nem como o simples Will. Acho que lhe falta talento e carisma. E A Linha de Extinção é mais uma prova disso. Uma cena no meio dos créditos, e uma pergunta sem resposta, nos fazem crer que a ideia é que haja uma sequência. Será?