Normalmente eu lido bem com coisas absurdas que acontecem nos filmes. Sempre dou um desconto, e digo “ah isso é cinema” e que não podemos levar a sério. O problema acontece quando a história é tão absurda (e não é uma comédia), que você fica revoltada de acompanhar algo tão sem sentido. Foi isso que me aconteceu assistindo Echo Valley, que estreou hoje na Apple TV Plus. O elenco é sensacional, mas a história é tão sem pé nem cabeça, que parece estar chamando a audiência de idiota. Quando termina, você vai sentir raiva de ter acompanhado esses personagens.
Kate (Julianne Moore) é uma mãe, que vive um momento de luto, mas tenta reconstruir a relação com sua filha problemática Claire (Sydney Sweeney). Kate trabalha treinando cavalos e cuidando de seu rancho isolado na Pensilvânia. Só que um dia, por razões sombrias e perigosas, Claire aparece desesperada na porta da casa da mãe coberta de sangue de outra pessoa, tremendo e assustada. Tentando juntar as peças do quebra-cabeça e entender a chocante verdade por trás do que aconteceu, Kate descobre o quão longe pode ir uma mãe para salvar sua filha.
O que achei?
Eu tenho certa dificuldade em seguir histórias onde todos os personagens não inspiram a menor empatia. É o caso aqui em Echo Valley. A personagem de Sydney Sweeney é simplesmente insuportável – a cena da ameaça ao cachorro é terrível. A personagem de Julianne Moore é muito fraca, e o final é revoltante. Quem acaba se saindo melhor é Domhnall Gleeson, sempre um ator interessante. pelo menos esse se assume como vilão. Inspira raiva, mas mesmo assim é meio bobão. E vamos combinar que a investigação da polícia no final é absolutamente ridícula. No início , pensei que Echo Valley parecia com Pacto de Redenção ( disponível na Prime) , mas o filme de Michael Keaton é mil vezes melhor.
Quando Echo Valley terminou, eu estava revoltadíssima, não só pelo resultado, como também por ter perdido tempo com esse filme. Nem o talento de todos os envolvidos valeu.