Quando era adolescente adorava ir ao cinema com as amigas no dia 1º. Era uma espécie de ritual. Então, se você tem algum parecido, aqui vão duas dicas de filmes que chegarão nessa quinta nos cinemas. A Empregada já vem tendo pré-estreias pagas desde o dia 19. Já Se eu tivesse pernas , eu te chutaria é aquele que pode dar o Oscar para Rose Byrne. Gostei muito de um, nem tanto do outro.
A Empregada
O filme se baseia em um best-seller de Freida McFadden, sobre a jovem Millie (Sydney Sweeney) . Ela é contratada pela ricaça Nina Winchester (Amanda Seyfried) para ser sua nova empregada. À primeira vista, ela é a patroa dos sonhos, mas Millie logo percebe que sua chefe não é quem parecia ser, e sua vida vira um verdadeiro inferno. Seu único conforto vem de Andrew (Brandon Sklenar), marido de Nina e único que aparenta ser “normal” na casa dos Winchester.
Esse é só o princípio , e é melhor não entregar mais pode estragar a experiência das reviravoltas que acontecem, uma característica do cinema de Paul Feig (gosto de seu estilo assumidamente e sem vergonha de ser comercial ). Não li o livro para poder opinar se é fiel ou não . Entretanto, o filme funciona, e é difícil de imaginar quais os caminhos que seguirá. E ainda mais o desfecho.

Mas o grande triunfo é Amanda Seyfried. Ela está sensacional como a dona de casa que inferniza a vida da jovem vivida por Sydney Sweeney, que está apagadinha. E o filme também traz uma interpretação mega-sexy como o marido que se vê no meio das duas loiras. Ele vem se afirmando como um galã com conteúdo após as participações em 1923 e É assim que acaba.

Se Eu Tivesse Pernas, Eu te Chutaria
Rose Byrne já ganhou vários prêmios pelo filme. Deve ganhar sua primeira indicação para o Oscar. E realmente tem uma atuação sensacional. Na história, ela é Linda , uma mãe à beira de um colapso. Praticamente mãe solo de uma menina doente, a psicóloga Linda é obrigada a passar de uma crise atrás da outra quando seu teto cai graças a um vazamento enorme de água em seu apartamento. Com a vida desmoronando (literal e metaforicamente), ela busca socorro de todos os lados. Só que ninguém parece estar disposto ou ser capaz de ajudá-la, nem seu ausente marido, nem seu hostil terapeuta. Agora, morando num motel com sua filha, ela precisa encontrar um jeito de resolver o buraco em seu telhado, a doença misteriosa da menina e uma paciente desaparecida.
Sinceramente achei o filme insuportável. Esses temas onde uma pessoa está presa a uma situação para qual ela obviamente não está preparada, me deixam muito nervosa. E Linda está sozinha, sofrendo críticas de todos os lados , por gente que não a ajuda, como seu terapeuta (um quase irreconhecível Conan O’Brien).

O filme é cheia de metáforas, associando o buraco no teto, com o buraco que Linda tem dentro dela. Muitos podem achar profundo, mas para mim foi só incômodo. o que salva é a atuação simplesmente sensacional de Rose Byrne . Os votantes da Academia vão ter um grande problema para decidir entre ela e Jessie Buckley, outra que adoro, que está maravilhosa também em Hamnet. O Oscar estará em boas mãos se ficar com qualquer uma das duas.









































