A gente já viu vários filmes sobre pais com filhos especiais. E como o amor entre estes ajuda ambos os lados a ter uma vida mais feliz. Recentemente, inclusive, teve Meu Filho, Nosso Mundo (atualmente disponível na Prime Vídeo). E agora está chegando nos cinemas Invencível. O filme se baseia numa história real, que já foi tema de filme. Tem momentos emocionantes, mas também alguns insuportáveis (para mim).
Invencível conta a história de Austin (Jacob Laval), uma criança que tem autismo e uma doença rara que deixa seus ossos quebradiços. Apesar dos obstáculos na vida, Austin tem uma visão de mundo alegre, engraçada e afirmativa que transforma e une todos ao seu redor . Esse é o caso especialmente de seu pai, Scott (Zachary Levi), que passa a vê-lo como o triunfo de um espírito indestrutível, mesmo nos momentos mais difíceis. O filme acompanha as batalhas individuais de cada familiar e a de Austin para se enturmar na escola. Preocupados como futuro dele, seus pais, Scott e Teresa (Meghann Fahy), se desdobram para dar o melhor e a vida mais normal possível para Austin. É assim que, de frente para uma alegria inesgotável e uma coragem sem medidas, Scott e Austin enfrentarão um dia de cada vez como a família unida que sempre foram.
O que achei?
O filme se apresenta de maneira muito simpática, com Austin servindo como uma espécie de narrador. Tem até um visual moderno e divertido para falar das cirurgias deles. O garoto Jacob Laval tem uma atuação sensacional como Austin. Entretanto, para mim, que começo a ficar nervosa com gente que fala demais e alto, foi uma experiência por vezes exaustiva. Isso porque Austin fala e grita muito todo o tempo. É perfeitamente entendível todo o estresse que os pais passam e que faz com que eles explodam num determinado momento. Há algumas situações mais tranquilas para contrabalançar, especialmente aquelas de Scott com seu amigo Joe (gostei bastante dessas).
Eu gosto muito de Zachary Levi como ator (já o entrevistei uma vez e ele foi muito simpático). Entretanto ele vem enfrentando um momento difícil de sua carreira por alguns posicionamentos políticos. E analisando friamente, há alguns momentos mais dramáticos que ele não consegue alcançar a dor necessária. Pena!
O filme é contado de uma forma bem tradicional. Há uma clara dedicação do elenco, mas não é nada de especial. Talvez por isso, o filme tenha ficada na prateleira desde 2022 – o diretor chegou a dizer que esperavam um momento político mais “amigável” . Tem um apelo óbvio para o público de filmes religiosos/familiares, mas sinceramente, apesar de bem feitinho, creio que poderia ter ido diretamente para o streaming.