Talvez você já tenha visto um filme brasileiro chamado A Jaula, com Chay Suede e Alexandre Nero (disponível no Disney Plus). Ele já era um remake do filme argentino 4×4, que está na Prime Vídeo. E agora chega uma versão de Hollywood, estrelada por Bill Skarsgard e Anthony Hopkins. Não vi nem o filme brasileiro, nem o argentino, então não tenho termo de comparação com Confinado, que estreia nessa quinta nos cinemas. O filme tem seus prós e contras.
Bill Skarsgard (que entrou no lugar de Glenn Powell) faz Eddie, um homem comum. Ele é um jovem pai que, penando para pagar as contas, acredita encontrar uma saída fácil no roubo de uma SUV aparentemente abandonada. Mas, para seu azar, o carro não era a solução dos seus problemas, e sim o início de todos eles. Isso porque o veículo pertence a William (Anthony Hopkins), uma figura misteriosa. Determinado a punir o protagonista por sua audácia, William faz do seu carro uma verdadeira prisão sobre rodas.
O que achei?
Eu tenho um certo problema de ver gente sendo torturada. Me sinto extremamente incomodada. E o filme é praticamente isso em sua totalidade. O diretor não deixa que tenhamos a menor empatia com William já que ele tem posicionamentos e ações que impedem isso. Ele é simplesmente um monstro. E mesmo que Eddie não seja grande coisa, nada justifica. Com isso, já é fácil sentir um incômodo com a história. Além disso, tenho claustrofobia, e a expectativa de ficar trancada em qualquer lugar sem poder sair já me assusta profundamente.
Dito isso, é preciso dizer que o diretor David Yarovesky, que mesmo assim consegue manter a atenção todo o tempo. E mais do que isso, ele teve a sorte de contar com um intérprete como Bill Skarsgard. Nunca vi um filme onde ele estivesse menos que ótimo. Ele tem carisma suficiente para carregar o filme. Isso porque Anthony Hopkins só aparece no final, antes disso só ouvimos sua voz. E que voz! Ou seja, Confinado é correto, e tem um grande ator no papel principal, mas eu confesso que não veria novamente.