Ontem fiz uma coisa que normalmente não faço. Fiquei durante boa parte da madrugada assistindo uma série sem conseguir desligar. A série no caso é Emily em Paris, cuja quinta temporada estreou na Netflix. Prezo muito meu sono, mas Emily é um caso especial, é o meu #prazercomculpa assumido. Sempre que uma nova temporada estreia, ninguém me tira da frente da tela até que tudo termine. Só que dessa vez, admito que foi difícil gostar – com exceção de alguns determinados momentos – porque aquilo que mais gosto na série esteve restrito a quatro ou cinco cenas: o romance de Emily e Gabriel. Vou falar sobre isso mais para frente.

Primeiro a história. A quinta temporada começa logo em seguida do fim da quarta. Emily acabou de se mudar para Paris, e está namorando Marcello. Gabriel vai atrás dela, mas o resultado não nem o que ele, nem o que eu esperávamos. Metade dos 10 episódios se passam em Roma, o resto em Paris (com uma passagem por Veneza no final). Foi uma delícia rever esses lugares maravilhosos. Alfie está de volta a história, e dessa vez se envolve com Mindy, que está cheia de dúvidas sobre seus próximos passos. Já Sylvie se divide entre marido, amante, boy toy, e os negócios. E ainda tem uma princesa italiana, vivida pela sempre ótima Minnie Driver, que nos lembra como os personagens eram mais divertidos no início da série.
O que achei?
Como tenho um grande carinho por Emily em Paris, se prepare que aí vem textão. A série sempre foi leve e despretensiosa, divertida com as confusões de Emily em Paris. A diferença é que agora Emily está mais séria. Cortou o cabelo longo para parecer mais adulta. Suas roupas estão mais escuras a maior parte do tempo. E há uma certa tristeza em seu olhar durante todo o tempo (atribuo isso à ausência de Gabriel). Além disso, a série divide muito mais o tempo entre Emily, Mindy e Sylvie.

Sylvie
Por mais que ame o trabalho de Phillipine Leroy-Beaulieu (e os looks dela), aumentar o espaço de Sylvie na história foi um erro. Toda aquela história do boy toy, da amiga de quem se afastou por muitos anos, dava vontade de acelerar a velocidade (mesmo o boy sendo lindo). Poderia ter se mantido com o enfrentamento do dois apaixonados por ela. Mas, sinceramente, foi uma cena entre Sylvie e Emily no final da festa em Veneza no último episódio que mais me emocionou na temporada. Mesmo que Sylvie não queira admitir, o carinho que ela sente por Emily é cada vez mais palpável e bonito.

Mindy
Mindy continua a ser um bem-vindo alívio cômico. Ashley Park é uma comediante sensacional, e tem mais números musicais nessa temporada. São deliciosos. E agora ganhou outro triângulo amoroso, dessa vez composto por Nico e Alfie. Sim, e é interessante ver que ela e Alfie tem grande química (muito mais do que ele tinha com Emily), mesmo que Mindy tente a todo o custo não enxergar isso. As cenas de dança entre os dois são super quentes.

Emily
A série insiste nessa temporada em manter Emily e Marcello juntos. Para muitos ele seria o par perfeito. Bonito (meio mirradinho pro meu gosto, mas tudo bem, rsrs), fofo, rico, e claramente a adora. Mas a química não está lá. Ao lado de Marcello, Emily “murchou”. Perceba na semana do “não pedido” de casamento. Emily até pode acreditar que o ama, mas a cada episódio ficava mais claro que ela não se sentia feliz ao lado dele. Bem diferente das poucas cenas que ela tem com Gabriel…

Gabriel
Quando a quarta temporada estreou, Lucas Bravo deu uma entrevista dizendo que não estava gostando das atitudes de Gabriel na série. Com isso, muita gente chegou a cogitar que ele não iria mais participar de Emily em Paris nessa atual temporada. Mas ele voltou, numa participação muito menor, mas nem por isso menos importante ( e mais lindo do que nunca). Depois da cena inicial, onde ele vê Emily e Marcello em Roma, e assume que os dois estão extremamente felizes (por que não perguntou?), Gabriel só volta quando a ação retorna para Paris. E mesmo assim por pouco tempo, quando recebe uma proposta para viajar pelo mundo (de um milionário que foi o escritor que morava embaixo da casa de Carrie em And Just Like That).

Mas mesmo com poucas cenas juntos, a química de Emily e Gabriel está sempre presente. Confesso que fiquei com um nó na garganta na cena da estação de trem (queria tanto que repetissem o fim de Amor na Tarde, com Gary Cooper e Audrey Hepburn). E aquele abraço em que ela fecha os olhos… Alia fica tudo muito claro.

E no final…
Emily em Paris ainda não foi oficialmente renovada para uma sexta temporada. Entretanto todos os personagens acabam este quinta com um momento de “o que vai acontecer agora?”. E o fato de que a temporada termina com Gabriel (comecei a gritar vendo a cena), nos dão a entender que ela vai acontecer. Grécia, estou preparada para você!









































