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O lindo e muito longo Frankenstein da Netflix

Sou grande fã de Guillermo Del Toro e de seu universo fantástico, já visto em O Labirinto do Fauno, Hellboy, A Forma da Água , entre outros. Por esse motivo, estava muito curiosa para ver sua versão de Frankenstein, que estreou ontem na Netflix. Ainda mais que o filme vem sendo considerado para várias categorias na temporada de premiações, especialmente Jacob Elordi como o monstro. Entretanto, confesso que fiquei desapontada. Esse novo Frankenstein é lindo, mas longo demais, se perdendo ao contar essa história.

O Frankenstein de acompanha o brilhante, mas egocêntrico cientista Victor Frankenstein. Após conhecermos sua infância, e seus problemas com o pai, entendemos as razões pelas quais ele resolve se aventurar em experimentos audaciosos e criar do zero uma criatura com vida. Entretanto, o que essas tentativas e estudos desencadeiam é uma tragédia tanto para o criador quanto para sua criação monstruosa. Brincar de Deus levou Frankenstein a concretizar suas maiores ambições científicas. Só que isso o colocou na mira da raiva de sua própria criatura, que, agora, busca por vingança após se ver descartada pelo professor. E é assim que o filme começa, no meio um local gelado, o capitão de um navio encontra a criatura e fica sabendo os dois lados da história.

O que achei?

Eu já vi vários filmes sobre essa história. Desde o clássico dos anos 30, com Boris Karloff (ainda hoje imbatível), até a versão de Kenneth Branagh, com Robert De Niro como o monstro. Isso sem contar a comédia maravilhosa de O Jovem Frankenstein, de Mel Brooks. Mas, confesso que não é o monstro que mais gosto (esse posto é de Drácula, rsrs). Essa nova versão é lindíssima, Del Toro deixou claro que não queria usar IA  construiu os setes (até mesmo o navio). A fotografia tem muitos tons de azul e verde, o vermelho é usado em momentos específicos, já que o filme tem muito sangue obviamente. Os figurinos, especialmente o de Mia Goth, é um deslumbre. Ela inclusive usa um colar da Tiffany que não era usado desde 1900. Com certeza, direção de arte, fotografia e figurino devem marcar presença no Oscar.

Mas aí tem um problema comum, que é o roteiro. O filme perde muito tempo com situações desnecessárias que atrapalham o ritmo. Com 2h29, Frankenstein poderia ter facilmente meia hora a menos, que deixaria a história bem mais fluida. Ela se divide em três partes: o prólogo, a versão do criador, e a da criatura. A última parte acaba sendo a melhor. E aí tem muito da atuação incrível de Jacob Elordi como o monstro. Ele vem sendo considerado uma aposta certa na categoria de ator coadjuvante  na Temporada de Premiações. Diz a lenda que ele aprendeu uma dança japonesa e uma forma de cantar Mongol para aperfeiçoar sua atuação. Está  realmente incrível.

Oscar Isaac, como o dr. Frankenstein está enlouquecido e nervoso (ele chegou a me lembrar Gene Wilder, rsrs), mas é sempre um ator competente. Mia Goth está pouco expressiva, e Christoph Waltz faz mais uma vez o papel de Christoph Waltz, rsrs.

E no final…

Talvez seja um filme que devesse ser visto no cinema, sem distrações, sem luz, na concentração total. Mas a maioria de nós vai vê-lo numa tela de TV, com a luz acesa. Então nesse caso, ele acabou sendo cansativo, apesar de lindíssimo.

 

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