fbpx
Conecte com a gente

Olá, o que você está procurando?

Cinema

Toda a minha conversa com Jack Huston e Rodrigo Santoro sobre Ben-Hur

Como acontece com a maioria das refilmagens, Ben-Hur chega aos cinemas hoje (18) cercado de controvérsias, comparações desfavoráveis e questionamentos. Na minha opinião, nada disso importa. O filme é bom, um entretenimento popular, que vai agradar pessoas das mais diversas idades. É baseado em um livro clássico, escrito por Lew Wallace no século 19. Já teve três versões para o cinema e mais uma minissérie (isso sem contar com um curta de 1907 e uma animação). A mais famosa é a segunda de 1959, estrelada por Charlton Heston, que tem três horas e meia de duração, e ganhou 11 Oscars. É um dos recordistas até hoje, ao lado de Avatar e O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei.

Por isso mesmo, muitos julgaram que esta versão era o “filme definitivo” (odeio essa expressão!). E usaram a internet e as redes sociais para deixar bem claro que eram contra a produção no mais claro estilo “Não vi e não gostei!”. Bobagem! Cada filme tem sua época, seu público, sua linguagem, suas virtudes e seus defeitos.

Morgan Freeman, na cena com Jack Huston, faz um personagem-chave no filme.

O Ben-Hur de 2016 é uma aventura de pouco mais de duas horas (mas que você não sente passar), que não pretende ser uma refilmagem da produção de 1959, exatamente como ressaltou o ator principal, Jack Huston, na entrevista que fiz com ele para o programa Show Vip, que você pode ver abaixo.  Na verdade, o filme é uma nova adaptação do livro, que retrata a relação entre Ben Hur e Messala (Toby Kebbel, de Quarteto Fantástico).

Os dois foram criados como irmãos, mas há problemas na família. Messala resolve ir embora e retorna a Jerusalém somente anos depois, agora como um figurão do exército romano. Só que logo a vida de Ben-Hur, membro de uma família importante local,  é virada de cabeça para baixo graças a Messala. Sua família é presa e  ele se torna um escravo em um navio romano. Anos depois, ele consegue retornar em busca de vingança. Só que seus encontros com Jesus Cristo (Rodrigo Santoro) podem mudar a forma como ele vê as coisas.

Ao falar sobre suas cenas como Jesus, Rodrigo sempre se emociona. No vídeo abaixo, ele destaca principalmente o momento da crucificação. Com certeza, deve dar um destaque ainda maior à sua carreira internacional. É bom lembrar que na versão de 1959, Jesus não parece, como era costume na época. Ele só é visto de costas.

É claro que a cena da corrida de bigas, que já era o grande atrativo nas versões anteriores aqui não fica a dever em qualidade. Pelo contrário! Eu assisti o filme numa sala IMAX, e a experiência foi realmente claustrofóbica e nervosa. Além desta, as cenas do navio dos escravos também vão deixar  você com as unhas na cadeira. Ambas valem a pena!

No fim, ao contrário da versão de 1959, o filme é sobre perdão, o que eu acho que é o ponto difícil de aceitar no roteiro. Mas o diretor Timur Bekmambetov tem uma resposta para isso. Segundo ele, “o filme de 1959 é sobre vingança, e não sobre perdão. Para mim, esse era o maior problema. Eu creio que o livro é em sua maior parte sobre perdão, sobre o fato que um ser humano aprende a perdoar. Eu fiquei muito entusiasmado quando li o roteiro de John Ridley. Eu entendi que a visão dele tinha muita luz, e ele compartilhava os mesmos pensamentos morais que eu tenho. Tivemos conversas sobre como o mundo atualmente se parece com o império romano. No império romano, os valores mais importantes eram o orgulho, a rivalidade, o poder, a força, a ditadura do poder e a auto-estima. Esse tipo de mundo não tem perspectivas hoje em dia. A humanidade tem que aprender a amar e perdoar. Essa é nossa única solução.”

Acho que vale a tentativa!

 

 

Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Últimas Notícias

Streaming

Os lançamentos da Prime Video de maio estão mais fraquinhos do que nos últimos meses. Mas isso não impede que tenha dois  dos que...

Cinema

Quando eu era menina, virei grande fã de Lee Majors por causa da série O Homem de Seis Milhões de Dólares. Já adolescente, virei...

Cinema

Acho interessante, e ao mesmo tempo desapontador, o que Russell Crowe está fazendo com sua carreira. Anteriormente fazia filmes ótimos, grandes produções. Ganhou dois...

Streaming

Há vários filmes disponíveis que contam histórias sobre pessoas idosas que resolvem  começar uma nova vida, mesmo quando a maioria não espera isso deles....

Streaming

Provavelmente você já ouviu falar da minissérie inglesa Bebê Rena, que está na Netflix. Muita gente tem me perguntado sobre ela nas redes sociais...

Você também pode gostar de ler

Cinema

É claro que eu já tinha ouvido falar da série The Chosen: Os Escolhidos, mas não tinha ideia de como ela era popular. Tanto...

Streaming

Teen Wolf teve seis temporadas e foi um considerável sucesso, especialmente no Brasil. Com isso, nessa febre de revivals do streaming, era natural que...

Streaming

As linhas tortas de Deus é um filme espanhol que vem fazendo grande sucesso na Netflix. A trama é um clássico do gênero. Mistura...

Streaming

Depois dos anúncios de talentos de Disney, HBO MAX e Netflix que estarão na CCXP 22, mais dois players confirmaram a presença de celebridades....

Streaming

A série Teen Wolf terminou em 2017. Teve seis temporadas, todas disponíveis na Netflix. Para quem não conhece,  ela gira em torno de Scott...

Streaming

Sempre digo que boa parte de meu conhecimento religioso foi adquirido pelos filmes. Lembro que nessa época do ano, a TV sempre exibia filmes...

Cinema

Apesar de não assistir novelas há um bom tempo, eu adoro um bom novelão. Cheio de dramas, descabelamentos, e gente rica, rsrs. Quem não??...

Streaming

Véspera de feriado chegando e tem muita coisa boa estreando no cinema e no streaming . No cinema dois lançamentos bem diferentes. O primeiro...