A mistura de gêneros e o mistério eficiente de Além da Margem

Eu adoro séries misteriosas, daquele tipo que deixa você com mais perguntas do que respostas, rsrs. Do tipo Lost, Arquivo X, Fringe. Amo todas elas. E agora, na última sexta, estreou Além da Margem na Amazon Prime. São oito episódios no total. Mas as estreias são sempre de dois episódios por semana. Josh Brolin e Lili Taylor estrelam essa mistura de faroeste e drama familiar com ficção/fantasia.

A série acompanha a história de Royal Abbott (Josh Brolin), um fazendeiro que luta por sua terra e família. Quando ela começa, a vida de Royal e dos Abbott está enfrentando um momento difícil. A nora de Royal, Rebecca, desapareceu. Um vizinho ameaça tomar parte de suas terras. Enquanto isso, um mistério cresce ao redor deles.  E o pior, uma morte prematura acontece. Com isso, acontece um efeito dominó na comunidade. Eventos cheios de tensão e problemas de cidade pequena se tornam grandes complicações para os Abbott. Principalmente uma cratera negra que se abriu a oeste de sua propriedade. Aos poucos, Royal descobre segredos do passado que serão revelações dramáticas para todos. Especialmente para a família que ele tanto protege.

O que achei de Além da Margem?

A série mistura um pouco Yellowstone com Sinais. O sobrenatural do círculo misterioso providencia o mistério. Mas como é normal em histórias do gênero, é como os personagens reagem à ele que é o mais interessante de ver. É claro, que há uma grande mitologia por trás do círculo. Entretanto, o suspense, pelo menos nesses dois capítulos iniciais fica por conta do assassinato. Não falo de quem matou, mas sim como vão se safar disso. De qualquer maneira, o mistério do círculo, e especialmente o que liga Royal a ele, é o que atiça a curiosidade. E também fica claro que a personagem de Imogen Poots (Autumm) sabe muito mais do que revela.

Além da Margem tem sua cota de personagens estranhos – quase uma homenagem a Twin Peaks. Mas, é claro que Josh Brolin se destaca como o patriarca e personagem principal dessa história. Will Patton, como o seu rival, tem um daqueles tipos enlouquecidos que ele vai fazer com evidente prazer. A fotografia também é sensacional, oferecendo lindas paisagens, que dependendo do momento podem ser de um verde feliz, ou de um acinzentado misterioso. Tudo isso ao som de uma trilha sonora divertida e interessante. Eu gostei, e vou continuar a assistir para saber um pouco mais desse mistério.